Em comunicado, explica que a rescisão foi decidida pela administração, "porque a presença do maestro na orquestra se tornou insustentável".
No verão passado, ainda antes de terem sido conhecidas as denúncias de assédio sexual, Charles Dutoit, de 81 anos, tinha anunciado que sairia da orquestra em outubro de 2019, mas a decisão tomada agora pela administração tem efeitos imediatos.
Em dezembro, a agência noticiosa Associated Press revelou que três cantoras líricas e uma instrumentista foram vítimas de assédio sexual e comportamento inadequado por parte do maestro Charles Dutoit, entre 1985 e 2010, em várias cidades norte-americanas.
De imediato, Charles Dutoit e a Orquestra Filarmónica Real de Londres anunciaram que suspendiam relações, para que o maestro pudesse "ter uma oportunidade justa de procurar aconselhamento legal e contestar as acusações".
Na altura, outras seis orquestras, de Nova Iorque, Chicago e Cleveland, anunciaram também terem suspendido a colaboração com o maestro para futuras atuações.
A Orquestra Filarmónica Real de Londres voltou a sublinhar que está comprometida "com os mais elevados padrões de comportamento ético" e que quer ter um ambiente de trabalho "seguro para todos os artistas, músicos e trabalhadores".
Este é o segundo caso de acusação pública de assédio sexual, nos dois últimos meses, no universo da música clássica, depois de, no início de dezembro, a Metropolitan Opera ter suspendido o maestro James Levine de funções, por acusações de comportamento impróprio.
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