Em entrevista a uma rádio, o músico disse que está "no meio" de um novo álbum, o primeiro desde 2013, e detalhou que está a trabalhar com Kurstin, coautor da balada ao piano de Adele que se tornou num sucesso mundial.
O produtor também trabalhou com a cantora australiana Sia e com o músico Beck.
"A minha única preocupação é que as pessoas digam 'Ah, lá está o Paul, com o sucesso do mês'", disse McCartney na entrevista à BBC Radio 6 Music. "Estou a trabalhar muito, a fazer o que eu gosto de fazer", acrescentou.
O artista, de 74 anos, disse que não se preocupa com a imagem que irá deixar, relembrando as mortes recentes de lendas como David Bowie e Prince.
McCartney contou ainda que o seu colega de banda John Lennon, que foi assassinado em 1980, lhe pediu que garantisse o seu legado depois da sua morte. "Foi curioso, porque nunca teria imaginado que John sentia sequer um pouco de insegurança. Mas é uma coisa que preocupa as pessoas. Tu pensa, o que eles vão dizer? Eles vão pegar nas suas piores críticas ou nas suas melhores coisas?", refletiu o músico.
"Felizmente, isso não importará, porque não estarei aqui", completou.
McCartney também fez uma homenagem a Chuck Berry, a estrela pioneira do rock 'n' roll da década de 1950, que morreu em 18 de março, aos 90 anos. "Nós copiamos muito o seu estilo de guitarra, ele era uma enorme influência", disse McCartney.
"Para mim, as suas letras são como a poesia norte-americana. Elas captam esse espírito do ensino médio, o rock 'n' roll, os carros", acrescentou.
O clássico dos Beatles "Come Together" foi inspirado em "You Can't Catch Me" de Berry, o que gerou uma disputa com editora.
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