A plataforma WHY Portugal quer promover a internacionalização da música portuguesa, mas através do desenvolvimento de um conceito que reúna o que de melhor se faz no país, disse hoje um dos promotores.

Durante uma sessão de esclarecimento da plataforma WHY Portugal, no Maus Hábitos, no Porto, Nuno Saraiva, da Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes (AMAEI), disse que, além de ser o país em destaque no Eurosonic, na Holanda, do próximo ano, Portugal vai ter um country stand no festival norte-americano South by Southwest de 2017.

Também da AMAEI, Hugo Ferreira explicou à Lusa que, “mais que mostrar a música em si, era importante desenvolver um conceito”, que ultrapasse a noção enfrentada por agentes no estrangeiro quando se deparam com a pergunta: “E que artistas de fado é que tu representas?”

Nuno Saraiva descreveu o Eurosonic como “o epicentro da circulação da música no espaço europeu”, o que significa que cerca de duas dezenas de artistas nacionais vão ter a oportunidade de atuar para milhares de profissionais do setor, com as candidaturas para o evento a abrir perto do verão.

“Vai haver candidaturas abertas, todos os projetos se poderão candidatar ao Eurosonic, o próprio Eurosonic vai escolher aqueles que acha que tiverem melhor capacidade de exportação. Além disto, é necessário criar um movimento e um portal. Estamos a desenhar um portal onde vão estar representadas as bandas, as editoras, e também os próprios estúdios, os festivais”, disse Hugo Ferreira, da editora Omnichord, ressalvando que "a língua não é uma barreira".

Vai também haver uma representação portuguesa no festival alemão Reeperbahn, com um pequeno concerto.

De acordo com a AMAEI, a plataforma digital vai procurar promover a internacionalização de novos artistas portugueses, promover os festivais nacionais e o turismo cultural em Portugal, oferecer aos profissionais da música a capacitação e a preparação necessárias ao bom desempenho nas feiras e em conferências e possibilitar a participação de profissionais e empresas em conferências de primeira linha.

A AMAEI, curadora da WHY Portugal, termina a ronda de apresentações da plataforma, na próxima quinta-feira, em Lisboa.