Este projeto nacional foi lançado em parceria pela Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes (AMAEI) e a GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas.

O Indielights tem como objetivo “transformar a forma como a música independente é descoberta e apreciada nas principais plataformas de streaming” e dá resposta à “crescente necessidade de dar visibilidade aos artistas independentes portugueses, cujas obras nas plataformas de streaming ficam, muitas vezes, à margem de um mercado cada vez mais competitivo”, explicam os promotores em comunicado.

Para tal, reúne uma seleção diversificada de playlists com a curadoria de especialistas e lançará, em breve, o podcast Indie Spotlights dedicado exclusivamente à música independente nacional.

“A missão do IndieLights é ampliar o alcance dos artistas independentes portugueses através da combinação meticulosa das suas obras em playlists agrupadas por estilo musical, tema e humor”, afirmam.

Este projeto pretende, a longo prazo, desenvolver playlists que integrem artistas independentes dos mais variados géneros musicais e que combinem música nacional e internacional, “reeducando dessa forma os algoritmos das plataformas, que minimizam a diversidade da música portuguesa e a agrupam toda numa mesma categoria que limita os artistas geograficamente”.

Esta abordagem que visa, também, a internacionalização, não só beneficia os músicos em termos de visibilidade, como também aumenta os seus ganhos com o streaming, um aspeto crucial para a sustentabilidade dos artistas em mercados mais pequenos, explicam.

Para ajudar na curadoria do projeto, a AMAEI e a GDA convidaram personalidades e entidades reconhecidas no setor musical para poder abarcar a maior variedade possível de estilos, reconhecendo a diversidade crescente e fusão de géneros da música independente nacional.

António Freitas (Alta Tensão, Antena 3), Fernando Alvim (Prova Oral, Antena 3), Maria Seixas Correia (Curto Circuito, SIC Radical), Manuela Paraíso (da antiga SBSR FM), Isilda Sanches (Pontos de Luz, Antena 3 e Observador), Vitor Belanciano (crítico cultural), e ainda as entidades Hot Club Portugal e Metropolitana são alguns dos nomes já confirmados.

No entanto, este grupo de curadores não é estanque, estando em “progresso constante”, como o estão as próprias playlists divulgadas.