Um novo romance de Elizabeth Strout com a personagem Olive Kitteridge, um retrato da Londres moderna e da sua classe média negra, traçado por Diana Evans, e uma história do Líbano por Alexandra Lucas Coelho chegam esta semana às livrarias.

Estas são as próximas novidades a ser publicadas, num mês marcado por muitas reedições e pela chegada ao mercado livreiro português do livro vencedor do Prémio Booker Internacional 2021 e do último volume do quarteto das estações de Ali Smith.

A partir de hoje está nas livrarias “A segunda vida de Olive Kitteridge”, romance em que a autora norte-americana Elizabeth Strout recupera a personagem que dá título ao romance vencedor do Prémio Pulitzer de ficção em 2009, e que agora é continuado a partir da morte do seu marido e da busca de um novo sentido para a vida.

Rude, inconveniente e teimosa, mas também honesta e generosa, Olive Kitteridge continua a observar a pequena cidade de Crosby e os episódios mundanos em que acaba por intervir, vendo-se obrigada a olhar para dentro de si mesma, descreve a Alfaguara, que edita a obra, com tradução de Tânia Ganho.

“Um romance magistral e comovente sobre a solidão, o amor, a perda e os recomeços, e sobre a esperança que resiste em tudo isto”, acrescenta.

Editado pela Caminho, “Líbano, Labirinto” lança um olhar sobre este país, que “vive o maior colapso da sua história”, a partir da perspetiva da jornalista e escritora Alexandra Lucas Coelho.

Com cerca de 500 páginas e 350 fotografias a cores, “Líbano, Labirinto” centra-se nos dois grandes acontecimentos que mudaram a vida recente do país: a revolução de 2019, em plena derrocada económica, e a explosão de 2020, no Porto de Beirute, uma das maiores não-atómicas de que há registo no planeta.

A Quetzal publica também hoje “Pessoas comuns”, de Diana Evans, também traduzido por Tânia Ganho, um romance que traz à superfície as questões de raça, género e geração, e as pressões múltiplas sobre o sentido de identidade, pessoal e cultural.

Outra das novidades esperadas para este mês é a publicação de “Verão”, no dia 12 de julho, romance de Ali Smith, lançado originalmente em agosto de 2020, que “encerra magistralmente o seu quarteto das estações”, iniciado com “Outono”, e prosseguido com “Inverno” e “Primavera”, “oferecendo o primeiro retrato romanesco dos nossos dias inquietos”, descreve a editora Elsinore.

“Verão” é uma história sobre pessoas à beira da mudança, uma história sobre família e o tempo presente, tão atual quanto as referências que lhe servem de pano de fundo narrativo: a pandemia do coronavírus, o confinamento forçado, o assassínio de George Floyd, os incêndios florestais na Austrália, os possíveis efeitos do Brexit na economia europeia, ou a presidência de Trump.

No mês seguinte a ter sido anunciado como vencedor do Prémio Booker Internacional, o romance “De noite todo o sangue é negro”, do escritor francês de origem senegalesa David Diop, vai ser publicado pela Relógio d’Água.

Este livro, que venceu igualmente o Prix Goncourt des Lycéens, assim como o Prix Ahmadou Korouma na Suíça e o Premio Strega Europeo em Itália, narra um episódio iniciado nas trincheiras francesas durante a Primeira Guerra Mundial, quando um grupo de soldados senegaleses combatia pela França.

O capitão Armand dirige um ataque contra o inimigo alemão. Entre os soldados que avançam, estão dois atiradores senegaleses, Alfa Ndiaye e Mademba Diop, mas mal sai da trincheira, Mademba é mortalmente atingido diante de Alfa, seu amigo de infância e mais do que irmão, que fica mentalmente perturbado e espalha violência e morte, até ser retirado para a retaguarda.

É nesse momento que começa a recordar o seu passado africano, o que se transforma numa resistência à primeira grande carnificina da época moderna, refere a editora.

Este mês chega também às livrarias “A sangrada família”, de Sandro William Junqueira, publicado pela Caminho, entrevistas de Alexandre O’Neill reunidas por Joana Meirim numa edição da Tinta-da-China intitulada “Diz-lhe que estás ocupado”, e “Pão Seco”, do marroquino Muhammad Chukri, editado pela Antígona, um romance autobiográfico, que remonta aos tempos em que a fome grassou no Rife e a família do autor partiu para Tânger em busca de uma vida melhor.

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