A cerimónia da entrega vai realizar-se hoje, às 19:00, no Grande Auditório da Culturgest, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes.

De acordo com a organização, no ano em que celebra o 30.º aniversário, o Prémio Pessoa — iniciativa do jornal Expresso em conjunto com a Caixa Geral de Depósitos — desafiou o vencedor de 2015 a criar uma escultura para entregar ao vencedor de 2016, com o prémio monetário de 60 mil euros.

O Prémio Pessoa é concedido anualmente à pessoa de nacionalidade portuguesa que durante aquele ano, e na sequência de uma atividade anterior, tiver sido protagonista de uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país.

Frederico Lourenço nasceu em Lisboa, em 1963, é licenciado em Línguas e Literaturas Clássicas na Universidade de Lisboa, onde fez o doutoramento sobre os cantos líricos de Eurípides ("The Lyric Metres of Euripidean Drama"), e onde lecionou, de 1988 a 2009, antes de assumir o lugar de professor associado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde se mantém.

Dedicou-se ao estudo e tradução de clássicos, com destaque para Homero ("Odisseia", "Ilíada"), mas também Eurípides ("Íon" e "Hipólito") e, ao longo dos anos, alargou as áreas de investigação a Platão e Camões, aos estudos bizantinos, à germanística, assim como à história da dança e ao cinema, já presentes em muitas das colaborações com a imprensa escrita, que mantém desde a década de 1980, em títulos como Público, O Independente, Expresso ou Diário de Notícias.

A tradução integral da Bíblia Grega, encetada por Frederico Lourenço em 2014, está na base da atribuição do Prémio Pessoa ao escritor.

Dos seis volumes previstos encontram-se publicados os dois primeiros, "Os quatro Evangelhos" e “Apóstolos, Epístolas e Apocalipse”, que correspondem ao Novo Testamento.

Em “O livro aberto: Leituras da Bíblia”, que publicou em 2015, afirma no prefácio: “Independente, porém, de uma questão de fé, a Bíblia pode ser lida como o mais fascinante livro alguma vez escrito”.