“O Presidente da República felicita a escritora Lídia Jorge, distinguida hoje com o Prémio Eduardo Lourenço, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos”, refere uma nota publicada no site oficial da Presidência na Internet.
A nota lembra ainda que Lídia Jorge venceu recentemente o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, com “Misericórdia”, livro indicado “como candidato a dois prémios de melhor romance estrangeiro publicado em França”.
“O prémio agora anunciado, que se segue a outras consagrações nacionais e estrangeiras recentes, singulariza-se por ter o nome do Prof. Eduardo Lourenço, antecessor de Lídia Jorge no Conselho de Estado”, sublinha a Presidência.
A escritora portuguesa foi a vencedora da 19.ª edição do Prémio Eduardo Lourenço, anunciou hoje o Centro de Estudos Ibéricos (CEI).
Destinado a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas, o Prémio Eduardo Lourenço 2023, no montante de 7.500 euros, foi atribuído por um júri constituído pelos membros da direção do Centro de Estudos Ibéricos (presidente da Câmara Municipal da Guarda, reitor da Universidade de Coimbra e reitor da Universidade de Salamanca), membros das comissões Científica e Executiva do CEI e pelas seguintes personalidades convidadas: Maria de Lurdes Fernandes e José Augusto Cardoso Bernardes, indicadas pela Universidade de Coimbra, e María Ramona Domínguez Sanjurjo e Francisco Gómez Bueno, indicadas pela Universidade de Salamanca.
Lídia Jorge estreou-se com a publicação de “O Dia dos Prodígios”, em 1980. Desde então tem publicado romance, conto, ensaio, teatro, crónica e poesia. As suas narrativas foram adaptadas ao teatro, à televisão e ao cinema.
De entre os seus livros destacam-se títulos como “A Costa dos Murmúrios”, “O Vale da Paixão”, “O Vento Assobiando nas Gruas”, “Os Memoráveis”, “Estuário”.
Amplamente traduzida e publicada no estrangeiro, Lídia Jorge já foi distinguida diversas vezes, nomeadamente com o Prémio Correntes d’Escritas, em 2004, Prémio Albatros, da Fundação Günter Grass, em 2006, o Prémio Vergílio Ferreira, da Universidade de Évora, em 2015, e o Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas, da Feira do Livro de Guadalajara, no México, em 2020.
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