Estas são duas das novidades editoriais, para este mês, da Relógio d’Água, que vai publicar a obra completa de Arthur Rimbaud, que inclui toda a sua poesia, as cartas e as obras em prosa “Iluminações” e “Uma temporada no inferno”.

A mesma editora vai lançar, no dia 23, na Casa Fernando Pessoa, o livro “A Ciência das Sombras”, uma recolha de todos os poemas de Bernardo Pinto de Almeida, incluindo conjuntos inéditos, acompanhada de um prefácio de Eduardo Lourenço e de oito desenhos de Julião Sarmento.

Ainda este mês, a Relógio d’Água planeia publicar mais uma obra do escritor contemporâneo chinês Yu Hua - de quem editou no ano passado o romance “Crónica de um vendedor de sangue” -, desta vez um livro de contos, intitulado “A China em dez palavras”.

A editora vai também continuar a publicação da obra de Philip K. Dick, com “Sonhos elétricos”, a republicação da obra completa de Agustina Bessa-Luís, com “A ronda da noite”, prefaciado por António Mega Ferreira, e prosseguir a edição do escritor norueguês Karl Ove Knausgard, com “Alguma coisa tem de chover. A minha luta:5”.

Entre as novidades da Tinta-da-China para o mês de janeiro, contam-se mais um livro da coleção de poesia de Pedro Mexia, “Um Quarto em Atenas”, de Tatiana Faia, e o romance “Eles Eram Muitos Cavalos”, do escritor brasileiro Luiz Ruffato, vencedor do Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, e do Prémio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.

A Tinta-da-China vai também publicar, durante o corrente mês, as crónicas de João Caraça, Gustavo Cardoso e Sandro Mendonça, intituladas “Leituras para Um Século”, textos que refletem sobre a capacidade de “influenciar ativamente o mundo que nos rodeia através do livros que escolhemos ler”, segundo a editora, e o conjunto de ensaios “E a Minha Festa de Homenagem: Ensaios para Alexandre O’Neill”, organizado por Joana Meirim, investigadora em literatura e especialista nas obras de Jorge de Sena e Alexandre O’Neill.

A editora 2020, através da chancela Cavalo de Ferro, prepara-se para publicar “Confissão de um Assassino”, relato de uma noite, de uma fuga e de um crime, e um dos romances mais famosos de Joseph Roth, jornalista e escritor austríaco judeu, que combateu na Primeira Guerra Mundial e denunciou os avanços sanguinários do regime nazi.

A Quetzal vai lançar o mais recente livro de Bruno Vieira Amaral, “Manobras de Guerrilha”, um conjunto de textos dispersos do autor de “As Primeiras Coisas”, galardoado com o Prémio Saramago, publicados em jornais, blogues ou apresentados em conferências e encontros de escritores.

A Bertrand Editora aposta em “Goethe: O Eterno Amador”, do professor e ensaísta João Barrento, que tem traduzido obras deste autor alemão, uma biografia pessoal e literária, que dá a conhecer o Goethe íntimo e analisa as suas principais obras no contexto da sua personalidade e percurso de vida, “de Ifigénia a Fausto, da Alemanha a Itália, do passado ao presente”.

Na editora Guerra e Paz, saem este mês o clássico de Stendhal “O vermelho e o negro”, com tradução de Rui Santana Brito e Helder Guégués, “És Meu, Disse Ela”, de António Manuel Ribeiro, líder da banda de rock UHF, que conta toda a história de uma fã que perseguiu o músico entre 2003 e 2012, e “Porque é 'Lixo' o Rating Social dos Negros”, de Filipe Oliveira Silvestre, “um ensaio polémico de um investigador português de ascendência africana”.

Para este mês, a BookBuilders tem apenas previsto o lançamento de “Terrorismo e Comunismo - Resposta a Karl Kautsky”, de Leon Trotsky, com prefácio do filósofo esloveno Slavoj Zizek, previsto ser publicado em outubro passado, mas que se atrasou por causa da tradução, explicou o editor Hugo Xavier.

O livro, que foi escrito em 1920 por Leon Trotsky, constitui uma defesa do uso da força contra quem se opõe a uma ditadura revolucionária, do proletariado, e surgiu como uma réplica a um texto escrito pelo marxista Kautsky.

A Companhia das Letras destaca a edição do primeiro romance de José Gardeazabal, “Meio homem, metade baleia”, sobre um pai e uma filha, num mundo em que a desumanização parece irreversível, que caminham ao longo de um muro que divide os homens, para levar água e eletricidade aos mais desfavorecidos.

A editora Alfaguara aposta numa das novas vozes da literatura espanhola, Alicia Kopf, vencedora de vários prémios de literatura em Espanha, como o Documenta, o Ojo Crítico e Llibreter, com a publicação do livro “O irmão de gelo”, a história de uma jovem mulher, artista em formação, em busca de um caminho, e do seu fascínio pelo gelo”.