O encerramento das emissões da estação responsável pelo lançamento de artistas como Miley Cirus, Hilary Duff ou Selena Gomez abrange tanto a Rádio Disney, com mais de 20 anos de existência, como a Rádio Disney Country, enquanto a divisão latino-americana continuará a emitir por ser parte de um contrato independente.
A radiofonia já representava uma parte cada vez menos relevante no negócio da Disney, mas a pandemia de COVID-19 e a crise que originou no setor do entretenimento acabaram por acelerar as mudanças na empresa.
A partir do próximo ano, os conteúdos infantojuvenis vão passar a ser prioritários na mais recente aposta da empresa no serviço de subscrição paga de conteúdos streaming, através da plataforma Disney+, concorrente da Netflix e HBO.
“A difícil decisão de encerrar estas duas estações de rádio coincidiu com as alterações estruturais recentemente anunciadas pela Disney, que exigem que se melhore a produção de conteúdos para crianças e famílias na Disney+ e no Disney Channel”, explicou a empresa em comunicado.
De acordo com uma estimativa da revista especializada Variety, o encerramento das estações da Disney afeta cerca de 36 funcionários.
A Rádio Disney emitiu pela primeira vez em 1996 como uma rede terrestre dirigida a crianças e teve um papel fundamental na divulgação de artistas juvenis como os Jonas Brothers, Demi Lovato e Aaron Carter.
Já na semana passada a Disney anunciou planos para despedir mais de 32 mil trabalhadores durante a primeira metade de 2021, número que inclui os 28 mil despedimentos já anunciados em setembro, que afetam trabalhadores dos parques temáticos dos Estados Unidos, devido à crise económica originada pela COVID-19.
A cotação da empresa na bolsa de valores tem caído a pique desde o início da pandemia, que afetou as suas principais fontes de receitas: parques temáticos e estreias em cinema.
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