Depois do primeiro fim de semana, com Drake, Bon Jovi e Foo Fighters como protagonistas, o Rock in Rio Brasil fez uma pequena pausa e voltou a abrir portas esta quinta-feira, dia 3 de outubro. Os Red Hot Chili Peppers, que já tinham conquistado a Cidade do Rock do Rio de Janeiro há dois anos, em 2017, foram o centro de todas as atenções da noite, que contou ainda com concertos dos Capital Inicial, Nile Rodgers & Chic e Panic! At The Disco.
Os Red Hot Chili Peppers podem-se orgulhar da longa relação com o público brasileiro - a banda já atuou nove vezes no país, quatro delas na Cidade do Rock. Esta quinta-feira, dia 3 de de outubro, o grupo quis provar que está em forma e que sabe quais são as cartadas que devem ser jogadas em palco - apesar de alguns fãs terem ficado descontentes pelo alinhamento, a julgar por algumas reações nas redes sociais.
No regresso ao Rock in Rio Brasil, os norte-americanos decidiram apostar num concerto mais direto, sem muita conversa e com jams mais curtas do que o habitual. Tal como aconteceu em 2017, o arranque dos californianos foi ao som de "Can’t Stop". Seguiu-se "The Zephyr Song" (2002) e "Dark Necessities", que ajudaram a aquecer as mais de 100 mil pessoas.
"Dani California", o quarto tema do alinhamento, foi o primeiro a garantir o primeiro grande momento de comunhão entre o público e a banda norte-americana. A euforia da multidão voltou a repetir-se e em doses superiores quando começaram a soar os primeiros acordes de “Californication” - a multidão juntou-se aos Red Hot Chili Peppers para cantar a uma só voz os versos do tema mais popular da banda.
Entre temas mais ou menos conhecidos, os norte-americanos foram sempre comandando a multidão. Pelo meio do espectáculo houve tempo ainda para “Right on Time”, “Just What i Needed” ou “Aeroplane”, que foi procedida por uma confissão do vocalista: “Só para que saibam acabei de vomitar na minha boca”.
“Esta é para a Amazónia”, atirou antes de arrancar com “The Power of The Equality”.
O concerto contou ainda com uma versão de "I Wanna Be Your Dog", dos Stooges, e de "Just What I Need", dos Cars, em homenagem ao guitarrista Ric Ocasek.
Depois de um até já com, o guitarrista Josh Klinghoffer voltou a palco para "I Don't Wanna Grow Up", imortalizada pelos Ramones. Já o adeus final foi com "Give it Away”, do disco "Blood Sugar Sex Magik", de 1991, e o público agradeceu com euforia.
"O Brasil recebe-nos como nenhum outro país. Obrigado", frisou a banda no final do concerto na Cidade do Rock.
O alinhamento pode não ter sido o esperado pela maioria dos fãs, mas a máquina bem oleada em palco garantiu mais um concerto vitorioso dos californianos na Cidade do Rock - tal como há dois anos, o grupo provou que é sempre uma aposta ganha. Anthony Kiedis e companhia são sempre bons convidados para a Cidade do Rock, garantem grandes enchentes e conseguem conquistar o público.
O Rock in Rio Brasil continua esta sexta-feira, dia 4 de outubro.
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