"Vocês notaram, não foi?", disse Keith Richards ao Los Angeles Times numa entrevista recente, ao ser questionado sobre a ausência da canção nos concertos da banda britânica.
"Tento perceber por que as mulheres têm problemas com isto. Será que não perceberam que esta música tem a ver com os horrores da escravidão? Mas estão a tentar encobrir isso. E por enquanto não quero ter problemas", afirmou o músico.
"Espero que possamos ressuscitar o bebé em toda a sua glória em algum momento", comentou Richards, de 77 anos.
A canção, lançada em 1971, fala de escravos espancados e relações sexuais com jovens escravas.
Nos últimos anos, foi apontada como "racista" pela crítica e pela indústria. Recentemente, um artigo da New York Magazine disse que a canção é “grosseira, sexista e chocantemente ofensiva para as mulheres negras”.
"Tocámos 'Brown Sugar' todas as noites desde 1970, mas às vezes pensas, bem, vou tirá-la por enquanto e ver no que dá", explicou o vocalista Mick Jagger à revista. "Talvez voltemos a tocá-la", advertiu.
Em 1995, Jagger disse à revista Rolling Stone que "agora nunca escreveria esta canção".
"Provavelmente iria censurar-me. Pensaria: 'Oh Deus, não posso, tenho que parar’. Deus sabe o que queria dizer nesta canção. É tanta confusão! Todo tipo de coisa de uma vez", frisou.
Os britânicos regressaram à estrada com a digressão "No Filter" em setembro, após um longo hiato devido à pandemia da COVID-19.
Em novembro de 2021, a banda vai fazer uma série de concertos, em lugares como Los Angeles, Las Vegas e Detroit.
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