O vencedor do Festival da Eurovisão 2017, o cantor português Salvador Sobral, falou sobre a edição deste ano do Festival da Canção. Em relação ao tema que vai representar Portugal, "O Jardim", interpretado por Cláudia Pascoal, disse que “gostava”, por ser “diferente”, considerando que a intérprete “canta bem”.

Recordou, contudo, que, no último Festival da Canção, os intérpretes “desafinaram imenso”.

“Como é possível, supostamente os melhores cantores... Acho que vi uma semifinal em que todos desafinaram. Não pode ser. Estamos a falar dos melhores cantores que devem representar um país e toda a gente desafina, é um bocadinho triste”, comentou, apontando que “o Diogo Piçarra e a Susana Travassos, foram únicos que não desafinaram”.

Quando questionado sobre a crítica de Rui Veloso ao Festival, considerando-o uma “pimbalhice”, e que não tinha a certeza que a vitória “era boa para a carreira de Salvador Sobral”, o cantor admitiu não ser “muito agradável”.

“Gostava de ser conhecido por várias canções, mas as pessoas conhecem aquela e depois conhecem outras”, salientou, argumentando que “a canção é lindíssima”.

No seu entender, “é das canções mais bonitas que alguma vez se fizeram”, por isso, afirmou: “Não me importo por ser conhecido por essa”.

Quanto à publicidade que a realização do Festival da Eurovisão vai trazer para Portugal, opinou ser “ótimo”, porque “o país está a crescer imenso, não é só por causa disto, a economia está a crescer, tudo”, adiantando que também lhe dá “um bocadinho de medo que Lisboa seja a próxima Barcelona ou Paris que perca a identidade”.