De novo pelo Parque das Nações, o Super Bock Super Bock traz mais uma vez a Portugal um alinhamento cheio de estrelas como The XX, Justice, Travis Scott ou Julian Casablancas com The Voidz. Mas e nos palcos secundários? Que sons emergentes e contagiantes tem o festival lisboeta para nos oferecer entre quinta e sábado? Aqui fica uma pequena lista de sugestões para se aventurar:

Mahalia

Já se destacou no famoso canal do Youtube Colors, já teve um contrato assinado com uma editora com apenas 13 anos e editou o álbum de estreia aos 17, "Diary of Me". Este é o cartão de visita de Mahalia, que atua no primeiro dia do Super Bock Super Rock, esta quinta-feira. Agora com 19 anos, já parece uma veterana nestas andanças da música ao apresentar uma maturidade na voz fora do normal. A britânica vem a Portugal para espalhar a magia do R&B e também uns singles que foi lançando ao longo de 2018, que deixam antever um novo disco para breve. Para quem quiser abrandar um pouco depois de Justice, é só dar uns passos para o palco Somersby, à 1h30, esta quinta-feira.

Oddisee & Good Compny
Oddisee & Good Compny

Oddisee & Good Compny

Depois de um dos melhores concertos do Vodafone Mexefest, Oddisee está de novo por cá mas desta vez vem com boa companhia. Apresentando-se com a banda Good Compny, o norte-americano põe a nu as cicatrizes das desigualdades sociais e de género. Mas não é só nas letras que todo o seu poder está concentrado. Em "Beneath The Surface", álbum ao vivo editado no ano passado, que é na verdade outra faceta de "The Iceberg", Oddisee mostra um lado rítmico portentoso, cheio de soul, funk e disco, sendo o jazz o alicerce fundador da sua criação. A espreitar sexta-feira, 20 de julho, pelas 19h20, no Palco EDP.

Princess Nokia

Uma das estrelas na seleção de esperanças do hip hop mundial, Princess Nokia faz mais do que conectar pessoas, junta-as para uma festa da música. Tendo já colaborado com o nosso Branko, é um dos rostos da luta contra a discriminação de género, como prova "Metallic Butterfly", lançado em 2014, onde se mostrou como uma mulher de causas. Tendo já passado pela Galeria Zé dos Bois recentemente, a norte-americana tem agora uma oportunidade de voltar a Portugal diretamente para o palco de um festival, onde poderá mostrar "1992 Deluxe", que contém "Tomboy", "Kitana" e "Brujas", os temas mais expressivos deste álbum. É o que se espera para sexta-feira, 20 de julho, às 21h10, no Palco EDP.

Sevdaliza
Sevdaliza

Sevdaliza

Desde da enchente ao Cinema S. Jorge, em Lisboa, no final de novembro passado até aos dias de hoje, passaram-se cerca de 9 meses desde da vinda de Sevdaliza a território nacional. O suficiente para gerar uma vida humana. Por isso, até faz sentido que a última coisa que Sevdaliza lançou para as plataformas de streaming tenha sido "Humana", uma tradução ipsis verbis de "Human", uma das canções mais enigmáticas do álbum "Ison". Num trip-pop que se aproxima de outras bandas que já deixaram marca no Super Bock Super Rock, como Portishead ou Massive Attack, a eletrónica da iraniana-holandesa afirma-se como um dos pontos mais interessantes de assistir no palco EDP no último dia de festival, 21 de julho, a partir das 20h40.

Sofi Tukker

Encarregues de entregar as chaves de despedida do festival estão os Sofi Tukker. Depois de uma temporada no Rio de Janeiro para estudar Poesia na Música Brasileira, que consolidou a paixão pela língua portuguesa, a banda nova-iorquina entrou para o estrelato graças ao Drinkee, tema que se tornou viral por causa de um anúncio da Apple, há cerca de três anos. A partir de então, as letras em português foram uma aposta consistente até chegarmos ao álbum "Treehouse", lançado este ano, ao usarem poemas de poetas brasileiros como Chacal ou Paulo Leminski. Uma surpresa tropical para assistir no Palco Somersby depois da turma liderada por Julian Casablancas, a partir da uma da manhã de 21 de julho.