O juiz de um tribunal federal de Denver deliberou por quatro horas antes de dar razão à cantora, que acionou David Mueller por a ter apalpado durante uma sessão fotográfica em 2013.

Swift recebeu o valor simbólico de um dólar pelos danos num dia emotivo para a cantora, que chorou durante os argumentos finais.

Taylor, de 27 anos, emitiu uma declaração a agradecer ao tribunal e à sua equipa legal por "lutar por mim e por qualquer pessoa que se sinta silenciada por um abuso sexual".

"Reconheço o privilégio que tenho na vida, na sociedade e por poder suportar o enorme custo de me defender num julgamento como este", disse.

"A minha esperança é ajudar as pessoas cujas vozes também devem ser ouvidas. Portanto, futuramente vou fazer doações a várias organizações que ajudem as vítimas de abuso sexual a defenderem-se".

Swift afastou-se momentaneamente do julgamento para enxugar as lágrimas, enquanto o advogado de Mueller, Gabriel MacFarland, questionava se o seu cliente teria motivos para apalpar a estrela.

A mãe da cantora, Andrea Swift, também foi vista com lágrimas nos olhos durante o julgamento, enquanto entregava lenços à filha.

"Não sei que tipo de pessoa agarra ou apalpa uma estrela da música, mas não é este homem", disse MacFarland ao tribunal, afirmando repetidamente que Swift estava equivocada ao afirmar que Mueller pôs a mão por baixo da sua saia e "agarrou o seu rabo".

"Não significa não" 

A equipa da artista reclamou sobre o incidente com a rádio onde o DJ trabalhava e este foi demitido.

Mueller entrou com uma ação a pedir três milhões de dólares à cantora por perda de renda, argumentando que as acusações provocaram a sua demissão. Enquanto isso, Swift processou-o por assédio sexual.

O juiz do distrito William Martínez desconsiderou o caso na sexta-feira, alegando que não havia provas de que Mueller tivesse direito a uma indemnização por danos e prejuízos por parte da cantora.

O júri composto por seis mulheres e dois homens decidiu que a mãe da estrela e o coordenador da rádio Frank Bell não eram responsáveis pelos danos ao pressionar a emissora para que o demitissem.

Doug Baldridge, advogado de Swift, disse ao júri nos seus argumentos finais que a única questão a ser determinada era se alguém como Mueller deveria poder humilhar ou assediar uma mulher.

"Agressores como o senhor Mueller têm direito de processar a sua vítima?", perguntou Baldridge ao júri.

A cifra simbólica como forma de reparar os danos tem "um valor incalculável", afirmou Baldridge, acrescentando: "Isso mostra que 'não significa não'. Diz a todos que cada mulher decide o que fazer com o seu corpo".

Do lado de fora do tribunal, Baldridge disse aos repórteres que "fez a coisa certa".

"Hoje aconteceu aqui algo realmente importante. Levou alguém tão importante como Taylor Swift a levantar-se e dizer não", declarou.

"Isso significa alguma coisa para uma em cada quatro mulheres que são vítimas de abuso sexual".

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