"Este início de temporada revela uma parte substancial do trabalho que temos vindo a desenvolver com as companhias nacionais e estrangeiras, num esforço conjunto com parceiros de sempre", afirma a diretora artística, Aida Tavares, no texto de apresentação.

A temporada abre na quinta-feira, com duas peças de teatro: "Zululuzu", do Teatro Praga, num regresso àquele teatro com uma coprodução entre Portugal, França e Turquia, e "A mordaça", texto de Éric-Emmanuel Schmitt, encenado por João Grosso, para interpretação de Custódia Gallego.

Até ao final do ano, no domínio do teatro, o São Luiz acolherá, em outubro, "O que é que o pai não te contou da guerra?", texto impregnado pela memória da Guerra Colonial, encenado por Rogério de Carvalho, e "No dia em que os cães se revoltaram", com encenação de Mark Levitas, em parceria com o Festival de Teatro de Istambul.

Em novembro haverá teatro iraniano, com a peça "Cada dia um pouco mais", a partir da história de três mulheres iranianas e com dramaturgia da encenadora Afsareh Mahian.

Em dezembro, Joana Craveiro e o Teatro do Vestido farão uma "exposição performática" intitulada "Quando o museu vivo se torna físico", a partir do acervo que aquela autora reuniu para a peça "Um museu vivo de memórias pequenas e esquecidas", sobre o Estado Novo, a revolução de Abril de 1974 e o Processo Revolucionário Em Curso (PREC).

Em outubro, no âmbito do festival Temps d'Images, o São Luiz acolherá uma "performance projeção" do premiado realizador tailandês Apichatpong Weeresethakul, intitulada "Fever Room" e, aproveitando a presença do cineasta, recuperará alguns dos filmes dele, como "Cemitério do esplendor" e "O tio Boonmee que se lembra das suas vidas anteriores".

Na dança, destaque para a celebração dos vinte anos da companhia de Paulo Ribeiro, com a apresentação, em outubro, do espectáculo "A festa significância", e a apresentação do livro "Uma coisa concreta - Companhia Paulo Ribeiro, 20 anos de histórias".

As propostas de música incluem o regresso a Portugal de dois nomes da música brasileira: Moreno Veloso, a 10 de outubro, e Arnaldo Antunes, a 12 de novembro.

Vitorino celebrará em novembro quarenta anos de carreira, o músico noiserv apresentará ao vivo um novo álbum e o fadista Ricardo Ribeiro volta a atuar com Rabih Abou-Khalil, acompanhados da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Este será um dos espectáculo que o São Luiz acolhe em novembro, para assinalar os cincos anos da declaração do fado como Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.

A 27 de novembro, apresentar-se-á, na sala principal, o fadista Carlos do Carmo.

O projeto educativo do São Luiz para os mais novos incluirá, por exemplo, em outubro, o espectáculo de música "Barlavento", de Carla Galvão, Fernando Mota e Rui Rebelo, e, em novembro, "Do bosque para o mundo", nova criação de Miguel Fragata e Inês Barahona.