Hoje, em conferência de imprensa, os responsáveis pela "sala de espetáculos do Minho" adiantaram que o encerramento das festividades do primeiro centenário, em 21 de abril, será feito com a abertura da última parte da exposição do Projeto Memória, que reuniu o espólio de toda a história do Theatro Circo, com o espetáculo do Novo Circo e a apresentação de um documentário, a cargo de Vasco Mendes. Foi igualmente anunciado o lançamento de um livro sobre os 100 anos da instituição, a apresentar a 19 de maio.

Ainda incluído no programa, mas já na sexta-feira, 22 de abril, os Mão Morta e o Remix Ensemble sobem ao palco do Theatro Circo, "difusor cultural por excelências da cidade", para a estreia de um espetáculo, que irá ser também apresentado em Coimbra e Lisboa.

"Tínhamos apontado como objetivo para este ano de centenário os 100 mil espectadores. Ultrapassámos, registando mais de 102 mil pessoas nos nossos espetáculos, marca da consolidação do crescimento do Theatro Circo", referiu a administradora do Theatro Circo, Cláudia Leite.

No entanto, e "apesar dos anos consecutivos de crescimento de público", a responsável explicou "não haver margem para crescer muito mais", até porque isso, disse, "implicaria abdicar de algumas vertentes fundamentais da nossa programação, o que contraria os objetivos do Theatro Circo".

Ainda assim, destacou, "o ano de 2016 está a ser promissor com os números do primeiro trimestre a indicarem o trabalho consistente que tem sido feito".

Nos primeiros três meses deste ano, o Theatro Circo acolheu 81 espetáculos, número igual ao de 2015, tendo recebido 25 mil pessoas, mais quatro mil do que no ano anterior.

O ano de 2015 foi também um " muito positivo" no que ao mecenato diz respeito, sendo que foram protocolados 121 mil euros, um valor abaixo dos 10% do orçamento do Theatro Circo mas "ainda assim muito significativo" para as contas da instituição.

"Em 2016 temos orçamentado 70 mil euros de mecenato e patrocínios mas ainda estamos a fechar alguns contratos pelo que esperamos mesmo ultrapassar os números do último ano", apontou Cláudia Leite.

Sobre a programação para o primeiro dos "próximos 100 anos", o responsável pela área, Paulo Brandão, destacou a "presença forte" da dança, continuidade do ciclo de teatro "A partir de..." (espetáculo que partem da adaptação de textos literários para teatro), manutenção de parcerias com outras casas de espetáculos, regresso do festival de musica eletrónica Semibreve, música e a "continuidade" da aposta no cinema.

"O cinema foi uma das áreas com mais crescimento, tem um público muito fiel e em 2015 tivemos uma média de 90 espectadores por sessão", salientou o programador.