Para o brasileiro, em declarações ao Estadão, jornal onde chegou a colaborar como colunista, este “prémio chega num momento difícil para o mundo e para o Brasil”.

“Não deixa de ser, para mim, em particular, um momento de alegria - um reconhecimento do meu longo trabalho em literatura", acrescentou.

Nascido em 1936, em Formiga, Minas Gerais, Brasil, Silviano Santiago mudou-se com dez anos para Belo Horizonte e, aos 18 anos, começou a escrever para uma revista de cinema, além de ter ajudado a idealizar e publicar a revista Complemento.

Apesar de não ter qualquer obra publicada em Portugal, Silviano Santiago escreveu cerca de 30 livros, entre os quais se destacam romances como "Em liberdade", "Stella Manhattan", "Machado" e "Mil rosas roubadas".

A escolha do escritor brasileiro Silviano Santiago como vencedor do Prémio Camões 2022 foi anunciou hoje o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

No ano passado, o Prémio Camões foi atribuído à escritora moçambicana Paulina Chiziane, autora de "Balada de Amor ao Vento" e "Ventos do Apocalipse".

O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil, com o objetivo de distinguir um autor "cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum".

Segundo o texto do protocolo constituinte, assinado em Brasília, a 22 de junho de 1988, e publicado em novembro do mesmo ano, o prémio consagra anualmente "um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum".

Foi atribuído pela primeira vez, em 1989, ao escritor Miguel Torga.

Em 2019, o prémio distinguiu o músico e escritor brasileiro Chico Buarque, autor de "Leite Derramado" e "Budapeste", entre outras obras; em 2020, o professor e ensaísta português Vítor Aguiar e Silva (1939-2022).

O Brasil lidera a lista de distinguidos com o Prémio Camões, com 14 premiados cada, seguindo-se Portugal, com 13 laureados, Moçambique, com três, Cabo Verde, com dois, mais um autor angolano e outro luso-angolano.

A história do galardão conta apenas com uma recusa, exatamente a do luso-angolano Luandino Vieira, em 2006.

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