O “Verão Clássico”, sob a direção artística e pedagógica do pianista Filipe Pinto-Ribeiro, foi hoje apresentado em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB), onde irá decorrer pelo segundo ano sucessivo, a par do espaço da Associação de Música, Educação e Cultura (AMEC - Metropolitana), para estudo e ensaios dos músicos participantes.

O programa “Verão Clássico – Academia Internacional de Música de Lisboa” inclui “masterclasses” de piano, violino, viola d’arco, violoncelo, contrabaixo, clarinete e flauta, destinadas a solistas e a agrupamentos de música de câmara, estudantes e professores, um Festival de Música de Câmara e, pela primeira vez, será feita a atribuição do Prémio de Composição CCB-DSCH, a ser revelado em abril de 2017.

A abertura do festival do programa “Verão Clássico”, no CCB, acontece com um recital, no dia 30, após a realização das diferentes 'masterclasses'.

Hoje, falando aos jornalistas, o presidente do CCB, Elísio Summavielle, realçou o facto de o número de inscrições ter ultrapassado o do ano passado - 148 participantes, mais 56 do que em 2015 -, enquanto se verifica a inscrição de 56 músicos estrangeiros, este ano.

A Metropolitana, até ao montante total de 2.800 euros, financia as inscrições neste curso de verão dos seus alunos, nomeadamente o da Academia Nacional Superior de Orquestra, disse o diretor executivo da instituição, António Mega Ferreira.

Os participantes nas 'masterclasses', que se destacarem, serão premiados.

Pinto-Ribeiro afirmou a importância desta iniciativa, que “coloca Lisboa na rota internacional”, e realçou “o alto nível dos professores participantes”, designadamente, o pianista Eldar Nebolsin e a flautista Silvia Careddu, ambos da Escola Superior Hanns Eisler, de Berlim, o violinista Benjamin Schmid, da Universidade Mozarteum de Salzburgo, na Áustria, o violoncelista Gary Hoffman, da Capela Musical Rainha Elisabeth, da Bélgica, e Olivier Patty, primeiro clarinetista da Orquestra do Real Concertgebouw, de Amesterdão.

Fazem também parte do grupo docente, o pianista Filipe Pinto-Ribeiro, o violinista Jack Liebeck, da Royal Academy of Music, de Londres, a violetista Isabel Charisius, da Universidade de Lucerna, na Suíça, e Matthew McDonald, primeiro contrabaixista da Orquestra Filarmónica de Berlim, e também professor na Hanns Eisler.

Quanto ao Prémio de Composição CCB-DSCH, será o galardão de mais elevado valor pecuniário, em Portugal, 5.000 euros, e inclui a edição em partitura e a estreia da obra, no decorrer dos Dias da Música, no CCB, em abril de 2017.

O “VerãoClássico”, explicou Elísio Summavielle, é um festival de música de câmara e, “especialmente, de uma forte experiência pedagógica que promove a transmissão de conhecimentos e o profissionalismo de jovens instrumentistas”.

O responsável destacou a “longa tradição” do CCB na área pedagógica, nomeadamente através do seu projeto Fábrica das Ideias, e a ligação às escolas e ao ateliê de ópera da Metropolitana, que apresentam, nos seus palcos, regularmente, os seus concertos.