A qualidade da cobertura da rede foi reconhecida de forma unânime e o canal ganhou vários prémios de jornalismo, mas não consolidou uma audiência, razão pela qual nunca pôde alcançar os seus objetivos em termos de receitas publicitárias.

O fecho do canal foi anunciado em janeiro. Para preencher as últimas horas na noite desta terça-feira, a Al Jazeera America pretende apresentar um especial de três horas que mostrará a sua cobertura dos grandes eventos desde que foi lançada.

"Tivemos o privilégio de cobrir histórias de pessoas que encarnam a força e a resiliência do espírito humano, que lutaram pelo bem, que combateram a adversidade e cujas histórias mereciam ser contadas", disse o grupo em comunicado. "Há muitas pessoas nos Estados Unidos cujas histórias não são contadas, mas que merecem ser ouvidas".

A Al Jazeera nunca forneceu números de audiência, mas alguns especialistas falam de cerca de 30 milespectadores no nicho crucial para o "prime time", às 21h00 locais.

A Al Jazeera America desmantela-se menos de três anos depois do seu lançamento, marcado pela ambição dos diretores do grupo, que pertencem à família real do Qatar.

A rede desembolsou 500 milhões de dólares para comprar, no fim de 2012, o pequeno canal a cabo Current TV, que usou para o seu projeto. No total, 850 pessoas foram contratadas para trabalhar em 12 escritórios nos Estados Unidos (de um total de 70 no mundo).

A Al Jazeera America prometia equilibrar o conteúdo dos canais de notícias Fox News, que lidera a audiência, a CNN e a MSNBC.

Além da pequena audiência que conseguiu neste tempo, o canal também enfrentou várias queixas relacionadas com um suposto ambiente de trabalho hostil.

A Al Jazeera anunciou que, paralelamente ao fecho do seu canal nos Estados Unidos, prevê reforçar a sua presença online e nos dispositivos móveis.

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