“Tal anúncio materializa o rompimento unilateral por parte dos operadores televisivos em sinal aberto do consenso entre os principais ‘stakeholders’ do mercado, mantido desde há oito anos no seio da CAEM - Comissão de Análise de Estudos de Meios”, sustenta a APAN em comunicado.

Segundo salienta, “este consenso permitiu o estabelecimento de soluções técnicas merecedoras da confiança de todos os interessados, contribuindo para o desenvolvimento da atividade publicitária e facilitando o financiamento da atividade televisiva”.

“Os anunciantes não aceitam e lamentam que seja colocada em causa uma instituição de autorregulação como a CAEM que tem dado provas da sua utilidade e que possa, assim, ficar abalada a confiança gerada ao longo dos últimos anos”, refere a associação.

De acordo com a APAN, a “enorme evolução tecnológica” dos últimos tempos na atividade dos ‘media’ “trouxe inegáveis benefícios aos consumidores, às empresas e à economia em geral”, sendo que “o pleno aproveitamento destes benefícios exige adaptação, atualização e envolvimento de todos”.

“Exige também a transparência necessária a uma medição das audiências que seja objetiva, independente e reconhecida por todos os ‘stakeholders’”, acrescenta.

Citada no comunicado, a secretária-geral da APAN, Manuela Botelho, afirma que a associação “foi sempre intransigente na defesa de um modelo de medição de audiências fiável e transparente, adaptado aos novos desenvolvimentos tecnológicos, já que eles são incontornáveis para planear e aferir os resultados dos investimentos feitos na promoção de produtos e serviços”.

A RTP, SIC e TVI anunciaram há uma semana ter acordado com a GfK a medição das audiências por mais um ano, para garantir a estabilidade no mercado, período durante o qual será lançado um concurso internacional.

Em comunicado conjunto, as três televisões generalistas reiteraram “a importância da existência de um serviço de medição de audiências televisivas que seja transparente, fiável e independente".

Tendo em conta que o contrato de prestação de serviços de medição de audiências celebrado entre a CAEM e a GfK cessa no próximo dia 31 de dezembro e, "não tendo as partes logrado alcançar um entendimento relativamente à renovação ou prorrogação do mesmo, os operadores televisivos em apreço acordaram com a GfK, para garantir a estabilidade no mercado, a prestação do serviço de medição de audiências, a partir do dia 1 de janeiro de 2019, por um período transitório de 12 meses", referiram.

"Nesse intervalo, iniciar-se-á um procedimento concursal internacional para a prestação do serviço de medição de audiências por um período temporal mais alargado", adiantaram as três televisões generalistas.

No comunicado então emitido, a RTP, SIC e TVI manifestaram-se “disponíveis para incluir no referido acordo outros representantes do setor e do mercado".

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