Um processo movido em Los Angeles alega que Gregory St. Johns abusou da sua posição como diretor de fotografia para apalpar repetidamente funcionários e retaliar aqueles que rejeitaram os seus avanços.
St. Johns tocou em vários homens nas suas partes íntimas e "beijou ou acariciou os seus pescoços, ombros e ouvidos", um padrão de comportamento "desenfreado, frequente e aberto", alega.
"O processo alega ainda que a equipa de produção executiva teve conhecimento e apoiou a conduta ilegal, demitindo vários funcionários que resistiram ao assédio de St. John", segundo um comunicado do Departamento de Emprego Justo e Habitação(DFEH).
St. Johns foi afastado da série norte-americana depois da revista Variety ter publicado um artigo em 2018 onde detalhava as acusações.
O DFEH começou a investigação em março do ano passado. O departamento, que fiscaliza a aplicação das leis de direitos civis na Califórnia e as suas violações, incluindo o assédio no local de trabalho, procura agora indemnizar as vítimas.
Além de processar os gigantes estúdios de Hollywood, os autos também colocam vários produtores individuais como réus. O realizador Kevin Kish alertou que há "empresas e líderes que protegem assediadores e retaliam aqueles que denunciam as violações à lei".
Nem a Disney nem a CBS responderam imediatamente aos pedidos de resposta feitos pela AFP.
"Mentes Criminosas" foi uma série policial de longa duração sobre o FBI, cujo elenco incluía Mandy Patinkin, Paget Brewster e Jennifer Love Hewitt, entre outros. Foi produzida em conjunto pela ABC e CBS, da propriedade da Disney.
Hollywood foi atingida por uma série de acusações de assédio sexual nos últimos anos. A sentença de 23 anos do magnata do cinema Harvey Weinstein por violação e agressão sexual em março foi considerada um marco para o movimento #MeToo.
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