A direção de comunicação da empresa anunciou a saída de Friedland depois de ter advertido pela segunda vez o executivo por usar a palavra "nigger", considerada extremamente insultuosa e tabu nos Estados Unidos.
"Deixo a Netflix ao fim de sete anos. Os líderes devem estar acima de qualquer reprovação (...) e infelizmente eu falhei na falta de sensibilidade quando usei palavras ofensivas", anunciou no Twitter.
"Sinto muito pelo sofrimento que causei a uma empresa que amo e onde quero que todos se sintam incluídos e apreciados", acrescentou.
Friedland, um ex-jornalista, também trabalhou no departamento de comunicação da Disney e, anteriormente, passou dez anos no Wall Street Journal.
A Netflix não respondeu aos pedidos de comentários da AFP, mas a revista Variety reproduziu o memorando que o CEO Reed Hastings enviou à equipa na sexta-feira.
"Jonathan contribuiu muito [para a Netflix] de várias maneiras, mas o seu uso da palavra que começa com N em pelo menos duas ocasiões no trabalho mostrou uma falta atenção e sensibilidade em relação a questões raciais que não correspondem aos valores da nossa empresa", escreveu ele.
Hastings acrescenta que o primeiro incidente ocorreu "há vários meses" numa reunião sobre palavras sensíveis e, alguns dias depois, com dois funcionários negros da área de recursos humanos, enquanto discutia o incidente original.
Friedland, que é branco, pediu desculpa quando as críticas foram levantadas pela primeira vez, mas o facto de ter repetido "mostra uma falta de compreensão profunda que me convenceu de que ele tinha de partir", concluiu Reed.
O diretor da Netflix comenta então sobre a história desta palavra muito carregada e admite que ele deveria ter feito do primeiro incidente "uma lição para que todos na Netflix percebessem a que ponto é uma palavra dolorosa e feia que não deve ser usada".
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