A plataforma digital Netflix, que ultrapassou os 125 milhões de subscritores, está a preparar 55 novas produções na Europa, Médio Oriente e África, incluindo a sua estreia em árabe, anunciaram os diretores esta quarta-feira, 18 de abril, em Roma.

"Estamos a investir em produções originais em todo o mundo, mas especialmente Europa, Médio Oriente e África", anunciou Erik Barmack, vice-presidente para Conteúdos Internacionais da Netflix. "Estamos a trabalhar em 55 produções, em séries, filmes e documentários porque contamos com excelentes histórias nessas regiões", explicou durante a apresentação em Roma.

A empresa norte-americana, disponível em 21 idiomas, prepara este ano a terceira parte da série espanhola "La Casa de Papel", para 2019. A produção é  "a série em língua não inglesa mais vista na história da Netflix", revelou Barmack.

Na Europa, a Netflix vai produzir a primeira série na Holanda e ainda "Mortel" (França), "The Wave" (Alemanha), "Luna Nera" (Itália), "The English Game" (Reino Unido) e a comédia "Turn Up Charlie" (Reino Unido), que vai contar com Idris Elba.

A plataforma anunciou ainda a preparação da série "Generation Q", em França, uma comédia romântica sobre um grupo de jovens que não entendem porque é que a sua amiga Elisa, solteira inveterada, é tão infeliz no amor.

A Netflix prepara também o documentário "Fluctuat Nec Mergitur", dedicado aos ataques em Paris a 13 de novembro de 2015, filmado por Jules e Gideon Naudet.

Na Itália será produzida a segunda temporada de "Suburra", imersa no mundo do crime organizado romano, assim como "Luna nera", uma série baseada num manuscrito inédito sobre a bruxaria na Idade Média.

Em Roma, a Netflix apresentou ainda uma surpresa: uma nova série de "Black Mirror", descrita como uma antologia de Charlie Brooker.

A primeira produção da Netflix em árabe será "Jinn", sobre um grupo de adolescentes que vivem no centro histórico de Petra e enfrentam Jinn, um ser fantástico da mitologia árabe.

A aposta da Netflix em conteúdos originais permitiu ao serviço de streaming dar um salto notável na bolsa de valores, com um desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre deste ano e um aumento de 7,4 milhões de novos assinantes.

A plataforma conta com 125 milhões de assinantes em todo o mundo - 68,3 milhões deles fora dos Estados Unidos.

A empresa produz mais filmes que um estúdio norte-americano e conseguiu oferecer seu serviço em 190 países.