No início de novembro, a Netflix anunciou o rompimento de todos os laços com o ator Kevin Spacey e que não irá continuar com “House of Cards” enquanto a série o incluir, na sequência do escândalo sexual.
Segundo o The Hollywood Reporter, os guionistas da série estarão a introduzir mudanças no guião da sua sexta e última temporada precisamente para que a história não inclua Frank Underwood, o personagem interpretado por Kevin Spacey.
Mas a história centrada em Frank Underwood poderia não continuar, se esse for o desejo do ator. Segundo a imprensa norte-americana, na prática, o contrato de Spacey impossibilita a continuação da série sem a sua participação.
De acordo com as fontes que analisaram o documento, o contrato do ator não tem numa alínea sobre maus comportamentos, o que impede o despedimento do protagonistas devido às acusações de assédio e abuso sexual. O The Independent explica ainda que Kevin Spacey só poderia deixar a produção da Netflix se estiver "indisponível" ou "incapacitado".
No fim de outubro, o ator Anthony Rapp, que fez carreira em vários musicais da Broadway e participa na série "Star Trek: Discovery", acusou Kevin Spacey de ter feito uma "investida sexual agressiva" contra si depois de uma festa em Nova Iorque em 1986, quando tinha 14 anos e Spacey 26.
Em resposta às acusações de Rapp, o vencedor de dois Óscares partilhou na sua conta de Twitter um pedido de desculpas e assumiu a sua homossexualidade.
Entretanto, surgiram outras acusações do realizador Tony Montana, do ator americano Harry Dreyfuss e do ator mexicano Roberto Cavazos, precisamente de um ex-funcionário do teatro londrino Old Vic, o que originou o inquérito, bem como de um jovem de 18 anos.
Kevin Spacey foi despedido da série "House of Cards" e as suas cenas no filme "Todo o Dinheiro do Mundo" serão refilmadas com Christopher Plummer.
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