A produção de uma nova série para a Apple TV+ com Natalie Portman teve de ser interrompida na cidade de Baltimore após uma tentativa de extorsão.
Inicialmente, a polícia daquela cidade dos EUA confirmou que algumas pessoas contactaram a produção de "Lady in the Lake" por volta das quatro da tarde de sexta-feira, ameaçando regressar ao início da noite e disparar em alguém se não parassem de filmar e pagassem um valor, que não foi divulgado.
A "proposta" terá sido rejeitada pelos produtores, que decidiram parar os trabalhos e procurar um novo local para a rodagem das cenas.
Um jornal local indicou que se tratou de uma tentativa de extorsão de traficantes de droga e o valor era de 50 mil dólares (ligeiramente menos em euros, pelas atuais taxas de câmbio).
No domingo à noite, o estúdio Endeavor Content esclareceu que um motorista da produção foi confrontado por dois homens, um dos quais a brandir e a apontar-lhe uma arma, antes de partirem do local. Isto aconteceu ainda antes da hora marcada para a chegada da equipa e dos atores para a rodagem.
"A proteção e segurança da nossa equipa, elenco e todos que trabalham nas nossas produções é a nossa maior prioridade, e estamos gratos que ninguém tenha sido ferido. Daqui para a frente, a produção será retomada com o aumento das medidas de segurança", indica o comunicado, que esclarece que o caso está a ser investigado pelas autoridades.
O estúdio garante que continuará a filmar na cidade e nos subúrbios, tal como tem acontecido desde abril.
Ainda com Moses Ingram (da série "Obi-Wan Kenobi"), "Lady in the Lake" tem lugar na década de 1960 e centra-se numa dona de casa e mãe que se reinventa como jornalista para investigar uma série de assassinatos não resolvidos.
Na origem está um livro de Laura Lippman, que é esposa de David Simon, criador da icónica série “The Wire - Sob Escuta” (2002-2008) e da minissérie "We Own This City" (2022, HBO Max), ambas com ação em Baltimore.
Nas redes sociais, o produtor e argumentista elogiou a forma como as autoridades lidaram com a situação: "Não é a minha produção. Não conheço todos os detalhes. Mas filmámos 200 horas de televisão ao longo de duas décadas. Comunicámos onde rodávamos. Sempre apareceram alguns faladores a fazer ondas; sempre as pessoas da equipa — responsáveis pelos locais de rodagem, segurança, a polícia de Baltimore — treinadas para responder com firmeza, mas respeitosamente. Baltimore é gente boa", escreveu.
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