Foi a 22 de setembro de 1862, há 152 anos, em plena Guerra Civil que opôs os estados do norte aos do sul dos Estados Unidos que o então Presidente Abraham Lincoln passou a lei da Proclamação de Emancipação, que entraria em vigor a 1 de janeiro do ano seguinte e abolia a escravidão em todo o território confederado ainda em Guerra Civil.
Ainda que o seu impacto tenha sido mínimo durante o conflito - que se prolongaria até 1865 -, a Proclamação abriu caminho para a abolição total da escravidão no território americano à medida que o norte anexava os estados derrotados, unificando assim o país. Ela tornar-se-ia uma realidade com a aprovação da 13ª emenda à Constituição dos EUA, na sequência de vários esforços documentados no filme «Lincoln» (2012), de Steven Spielberg.
O cinema sempre teve dificuldades em lidar com episódios políticos radicais e, no caso do norte-americano, especificamente com a sua história de escravatura. De facto, até «12 Anos Escravo», consagrado com os principais Óscares de 2013 e dirigido por um inglês, o receio de ser acusado de exploração, racismo ou falta de seriedade ao tratar o tema como entretenimento fez com que sejam poucos os títulos disponíveis e ainda menos os que ficaram para a história do Cinema.
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