A caminho dos
Óscares 2020
O britânico "A Favorita" foi o Melhor Filme Europeu de 2019.
Na 32.ª cerimónia dos Prémios Europeus de Cinema, que se realizou este sábado em Berlim, o filme de Yorgos Lanthimos ultrapassou o francês "J'accuse", de Roman Polanski, e o italiano "O Traidor", de Marco Bellocchio, o espanhol "Dor e Glória", de Pedro Almodóvar, o francês "Les Miserábeles", de Ladj Ly, e o alemão "System Crasher", de Nora Fingscheidt.
Embora tenha sido lançado nos EUA em 2018, e nomeado para 10 Óscares no início do ano, "A Favorita" era elegível para os Prémios do Cinema Europeu pois foi lançado em janeiro na Grã-Bretanha.
Os Prémios Europeus de Cinema visam reconhecer a excelência dos filmes produzidos na Europa, e são entregues anualmente pela Academia Europeia de Cinema, composta por cerca de 3.500 profissionais do meio.
"A Favorita" acabou por ganhar em todas as categorias em que estava nomeado: acumulou ainda os prémios de Melhor Comédia Europeia e Realização, enquanto Olivia Colman foi votada a Melhor Atriz pela representação da Rainha Ana, tal como aconteceu nos Óscares.
Na outra categoria de interpretação destes prémios, Antonio Banderas foi considerado Melhor Ator por "Dor e Glória", o único prémio em quatro nomeações.
O romeno "The Christmas Gift", de Bogdan Muresanu, venceu na categoria de Melhor Curta-Metragem, onde estavam nomeados os portugueses "Cães que ladram aos pássaros", de Leonor Teles, e "Les Extraordinaires Mésaventures de la jeune fille de pierre", de Gabriel Abrantes.
O filme francês "Les Miserables", recebeu o prémio de Descoberta Europeia, o espanhol "Buñuel in the Labyrinth of the Turtles" a distinção como animação e o britânico "For Sama" nos documentários.
Celine Sciamma foi distinguida pelo argumento do francês "Portrait de la jeune fille en feu".
A atriz francesa Juliette Binoche e o cineasta alemão Werner Herzog receberam prémios pela carreira da Academia Europeia de Cinema.
Durante a cerimónia, a Academia Europeia de Cinema anunciou que se ia juntar ao Festival Internacional do Documentário de Amesterdão e ao festival de Cinema Internacional de Roterdão para criar a Coligação Internacional para Cineastas em Risco, uma organização que pretende apoiar os profissionais que são enfrentam perseguições políticas por causa do seu trabalho.
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