"Godard Vai Morrer" é o nome "provocador" do ciclo programado pelo Alvalade Cineclube em parceria com Junta de Freguesia de Alvalade que faz justiça ao homenageado: Jean-Luc Godard.

O lendário cineasta francês, que colocou uma personagem a perguntar "Qual é a tua maior ambição na vida" e a outra a responder "Tornar-me imortal... e depois morrer" na sua primeira longa-metragem "O Acossado", prepara-se para fazer 91 anos a 3 de dezembro.

Em comunicado, o projeto da equipa de cinéfilos baseado no bairro de Alvalade em Lisboa recorda que "diz-se que ninguém vive para sempre e, se para Godard não parece, a verdade é que também ele vai morrer".

Por isso, o título do ciclo "é tanto uma constatação como uma urgência" e a programação proposta até ao fim do ano "celebra o realizador, ao mesmo tempo que olha para a sua obra e para as suas influências", dividindo-se em quatro sessões com trabalhos da sua autoria, duas longas-metragens de outros realizadores que o marcaram e outras duas em que a sua influência é determinante.

Pelo ciclo já passaram "J.L.G. por J.L.G." (1994) e "Bando à Parte" (1964), estando ainda previstas as sessões com curtas publicitárias menos vistas (11 de novembro) e a minissérie "Six fois deux/Sur et sous la communication" (1976), por ele dirigida com Anne-Marie Miéville (18 de novembro).

Seguem-se "Homens Simples" (1992), de Hal Hartley (25 de novembro), e "Os Mistérios do Organismo" (1971), de Dusan Makavejev (2 de dezembro), "Rua da Vergonha" (1956), de Kenji Mizoguchi (9 de dezembro) e "E a vida continua" (1992), de Abbas Kiarostami (16 de dezembro).

"Oito momentos de cinema. Oito sessões para avisar que mais vale celebrar o homem já. Que ele vai morrer", recorda o comunicado do cineclube.

Todas as sessões são sempre 21h00 e com entrada livre no Centro Cívico Edmundo Pedro, em Alvalade (programação para maiores 12 anos), com "conversas com realizadores, pensadores e outros 'ores' que se queiram juntar, após a sessão".

Programa também disponível em https://www.alvaladecineclube.pt.