Parte da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, “transforma-se em sala de cinema”, no início de dezembro, com o ciclo "A Gulbenkian e o Cinema Português", que inclui primeiras obras, projetos experimentais e filmes com presença em festivais internacionais.
“Primeiras obras, projetos experimentais e filmes com presença nos grandes festivais internacionais – nos dois primeiros fins-de-semana de dezembro, parte da Fundação transforma-se em sala de cinema”, lê-se no ‘site’ da Fundação Calouste Gulbenkian.
A 3.ª edição do ciclo, dedicado ao tema "A intimidade e o país: um desejo de futuro", decorre de 30 de novembro a 9 de dezembro, às sextas-feiras, sábados e domingos.
Ao longo do ciclo serão mostradas 12 obras - “seis longas-metragens e seis curtas – resultantes de apoios dados pela Fundação Calouste Gulbenkian a primeiras obras, projetos experimentais ou como estímulo à internacionalização do cinema português contemporâneo”.
O ciclo arranca a 30 de novembro com a exibição de “E Agora? Lembra-me”, de Joaquim Pinto, documentário autobiográfico premiado em 2013 no festival de Cinema de Locarno.
No dia 1 de dezembro, são exibidas curtas-metragens de André Santos & Marco Leão, “Aula de Condução” (2015) e “Pedro” (2016), e de Jorge Jácome, “A Guest + A Host” (2015) e “Flores” (2017), que ficciona um cenário de crise natural nos Açores.
“Flores” teve estreia no festival IndieLisboa de 2017, onde recebeu o prémio Novo Talento. Desde então foi distinguida em festivais da Alemanha, Croácia, Roménia, Espanha, Colômbia, Suíça, México e Itália. Foi também selecionada para os festivais de Toronto, no Canadá, e de San Sebastian, em Espanha.
A sessão de dia 2 de dezembro é dedicada ao trabalho de André Valentim Almeida, sendo exibidos os documentários “From NY With Love” (2012) e “Dia 32” (2017).
No dia 7, são exibidos “A Caça Revoluções” (2016), de Margarida Rêgo, “Metáfora ou a Tristeza Virada do Avesso (2014), de Catarina Vasconcelos, e “Yama No Anata – Para Além das Montanhas”, de Aya Kortzky.
Para dia 8, está agendada a exibição de “O Novo Testamento de Jesus Cristo Segundo João” (2013), de Joaquim Pinto e Nuno Leonel.
O ciclo encerra a 09 de dezembro com “Verão Danado”, a primeira longa-metragem de Pedro Cabeleira, que se estreou em agosto do ano passado no Festival de Locarno (Suíça), onde recebeu uma menção honrosa. O filme foi também exibido em maio numa das secções paralelas do festival de Cannes.
Os filmes exibidos “serão legendados em inglês e português, tornando-se acessíveis a pessoas surdas, estrangeiros ou pessoas com algum grau de dificuldade em compreender bem o português falado”.
Nesta edição, o ciclo “A Gulbenkian e o Cinema Português” tem curadoria de Francisco Valente.
A primeira edição, sob o tema “Territórios de Passagem”, teve curadoria de Miguel Valverde, a segunda, dedicada ao tema “Ensaio e Ficção”, teve curadoria de Ricardo Vieira Lisboa.
“A escolha de três curadores pretende constitui-se como um olhar de fora para os resultados da presença discreta mas consistente da Fundação em momentos decisivos do arranque das carreiras de tantos cineastas portugueses que se têm vindo a afirmar dentro e fora de portas”, refere a Fundação.
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