O prémio é atribuído pela Associação Henri Langois, na categoria "Cinematecas e Restauro", no encerramento do festival Rencontres Internationales de Cinéma de Patrimoine. Na cerimónia estará o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa.

"A cinemateca de Portugal é uma grande cinemateca europeia, mundial, com uma coleção excecional. Anualmente, homenageamos uma cinemateca pelo seu trabalho, pela vontade de preservar, divulgar e restaurar tesouros cinematográficos", declarou à Lusa Frédéric Vidal, diretor-geral da associação.

Aquele prémio já tinha sido entregue aos arquivos do Centre National du Cinema de França, às cinematecas de Bolonha, Berlim, Amesterdão, Luxemburgo, São Paulo e ao Instituto Lumière de Lyon.

A Cinemateca Portuguesa recebe o prémio "pela transmissão que continua a fazer do património cinematográfico português, junto das jovens gerações, e pelo trabalho que realiza ao longo do ano ao nível da conservação e restauro", sublinhou Frédéric Vidal.

O trabalho de conservação e restauro de património fílmico faz parte da missão da Cinemateca Portuguesa, mas possivelmente é o que tem menos visibilidade para o público.

Nos espaços do Arquivo Nacional de Imagens em Movimento, pertencente à Cinemateca, funciona desde 1998 um laboratório que tem permitido o restauro de películas em suportes atualmente mais precários, como o nitrato de celulose.

A atual direção da Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema já tinha anunciado que uma das estratégias era, precisamente, tirar maior proveito daquele laboratório, sobretudo a nível internacional, porque é uma das poucas infraestruturas europeias a trabalharem no restauro analógico, quando a tendência é apostar no digital.