Oliver Stone tem a certeza que não conseguiria ter uma carreira em Hollywood se estivesse agora a dar os primeiros passos e seria arrasado pelos filmes que o tornaram conhecido na atual sociedade.

O cineasta recebeu 11 nomeações para os Óscares e ganhou três estatuetas por "O Expresso da Meia-Noite" (1978), "Platoon - Os Bravos do Pelotão" (1986) e "Nascido a 4 de Julho" (1989).

Outros filmes da carreira são "Salvador" (1985), "Wall Street" (1987), "The Doors: O Mito de Uma Geração" (1991), "JFK" (1991) ou "Assassinos Natos" (1994).

Apesar de vários destes títulos terem sido recebidos de forma bastante polémica quando estrearam nos cinemas, Oliver Stone acha que a situação seria bastante pior na moderna Hollywood.

"Estou realmente desligado da realidade. Posso dizer que não iria durar se fizesse qualquer um dos meus filmes", revelou o cineasta de 73 anos numa entrevista recente a um programa da rádio SiriusXM.

"Seria difamado. Seria atacado. Envergonhado", acrescentou.

"O que quer que queiram chamar a essa cultura, a p***a da 'cultura do cancelamento'. Seria simplesmente impossível. Teria de pisar em tantas sensibilidades", justificou.

O realizador admitiu ainda que a forma como encara o seu trabalho tornaria tudo mais complicado.

"Infelizmente, é preciso ter alguma liberdade para fazer um filme. Tem que se ser indelicado. Pode ser-se mau. E terá que se fazer essas coisas como pisar os calos", esclareceu.

"Acha que poderia ter feito qualquer um desses filmes?", perguntou ao seu interlocutor, que lhe respondeu que achava que não.

O último filme de Oliver Stone foi "Snowden", em 2016, sobre a forma como Edward Snowden, interpretado por Joseph Gordon-Levitt, desvendou ao mundo o programa secreto de vigilância mundial da NSA, a Agência de Segurança Nacional Americana.

A seguir, dirigiu o documentário televisivo "The Putin Interviews".

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