“Djon África”, a primeira longa-metragem de ficção de Filipa Reis e João Miller Guerra, estreia-se hoje nas salas portuguesas de cinema, depois de ter sido exibida em vários festivais internacionais.

Em “Djon África”, que se estreou em janeiro no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, na Holanda, integrado na principal competição deste certame, os realizadores voltaram à história de Miguel Moreira, jovem português descendente de imigrantes cabo-verdianos, que já tinha sido aflorada no documentário "Li Ké Terra", e filmaram uma ficção rodada entre o Casal da Boba, na Amadora, e Cabo Verde.

No filme, Djon África, a personagem que se pode confundir com a vida real de Miguel Moreira, viaja para Cabo Verde em busca das raízes familiares e do pai, que não conheceu.

"Queríamos usar um ponto de partida real para construir uma ficção, filmar no Casal da Boba era confortável e estávamos a usar sempre o mesmo método e processo. (...) Não nos interessa que o filme explique se é real ou ficcional", afirmou Filipa Reis à agência Lusa, em janeiro, a propósito da estreia mundial do filme.

A realizadora contou que, nesta história, estavam interessados também em filmar a educação crioula e a cultura cabo-verdiana de Miguel Moreira, que, por conta de “Djon África”, viajou pela primeira vez para Cabo Verde.

O filme foi exibido também no festival "Novos Realizadores/Novos Filmes", que decorreu de 28 de março a 08 de abril, em Nova Iorque, no 36.º Festival de Cinema do Uruguai, em Montevideu, em abril, onde recebeu dois prémios (o prémio da federação internacional de críticos, FIPRESCI, e uma menção honrosa do júri), no Festival Internacional de Cinema de Melbourne, na Austrália, em agosto, e no Plateau - Festival Internacional de Cinema da Praia, em Cabo Verde, este mês.

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