O regresso nos últimos momentos de "Black Adam" acabou por ser um adeus: Henry Cavill vai deixar de ser o Super-Homem e James Gunn vai escrever um novo filme.

A notícia foi confirmada nas redes sociais tanto pelo ator como por James Gunn, o realizador e argumentista de "Guardiões da Galáxia" e "O Esquadrão Suicida".

O primeiro a avançar foi James Gunn, que juntamente com Peter Safran é diretor executivo da DC Studios desde 1 de novembro e o principal responsável criativo pelo futuro dos filmes de super-heróis da DC Comics.

“Peter e eu temos um alinhamento da DC pronto para avançar, sobre o qual não poderíamos estar mais entusiasmados; poderemos partilhar algumas informações interessantes sobre os nossos primeiros projetos no início do ano novo”, escreveu Gunn.

“Entre os que estão no alinhamento está o Super-Homem. Nas fases iniciais, a nossa história irá concentrar-se numa parte anterior da vida do Super-Homem, pelo que a personagem não será interpretada pelo Henry Cavill", acrescentou.

O agora diretor executivo esclareceu que não se trata de uma história de origem e que acabou de ter uma "grande reunião" com o ator sobre "um número de hipóteses emocionantes" para trabalharem no futuro (não como o Super-Homem).

Entretanto, fontes em Hollywood avançaram que Gunn e Safran estão a conversar com Ben Affleck para ele continuar no Universo Cinematográfico, mas como realizador (o ator filmou uma participação como Batman para "The Flash", que chega aos cinemas a 16 de junho de 2023).

Pouco depois das notícias de Gunn, foi a vez de Cavill confirmar a notícia aos seus fãs: "Acabei de ter um encontro com James Gunn e Peter Safran e são noticias tristes, pessoal".

"Afinal, não irei regressar como o Super-Homem. Após me ter sido dito pelo estúdio para anunciar o meu regresso em outubro, antes da contratação deles, esta notícia não é a mais fácil, mas é a vida. A mudança da guarda é algo que acontece. Respeito isso. O James e o Peter têm um universo para construir. Desejo-lhes a eles e a todos os envolvidos com o novo universo boa sorte e a mais feliz das fortunas", escreveu.

Note-se o ator de 39 anos subtilmente desmente que o anúncio que fez do regresso a 24 de outubro nas redes sociais, após o fim de semana de estreia de "Black Adam", tivesse sido feito "por sua iniciativa" e à revelia do estúdio, contrariando notícias que estavam a circular.

Nas reações à mensagem, destacam-se as dos colegas Zachary Levi, que interpreta Shazam (“Espero ver-te num outro universo, senhor) e Jason "Aquaman" Momoa (“Adoro-te, irmão”).

O ator britânico estreou-se como Super-Homem no filme “Homem de Aço”, de 2013, realizado por Zack Snyder, regressando ao papel em “Batman v Superman: O Despertar da Justiça”, de 2016, e “Liga da Justiça”, de 2017.

Recorde-se que Hollywood ficou em polvorosa após a publicação de um artigo da The Hollywood Reporter a 7 de dezembro sobre os alegados planos dos novos diretores executivos da DC Studios.

Segundo a revista especializada, "Mulher-Maravilha 3", tal como foi proposto pela realizadora Patty Jenkins, foi cancelado, mas os planos também passam por fechar o chamado "Snyderverse" e os super-heróis lançados pelo realizador Zack Snyder: escolher novos atores e dizer adeus a Henry Cavill, assim como a Jason Momoa após a estreia de "Aquaman and the Lost Kingdom" em dezembro de 2023, estando em aberto a possibilidade de este regressar com outra personagem, Lobo.

Sobre "The Flash", que tem em Ezra Miller um protagonista envolvido este ano em vários escândalos, detenções e processos em tribunal, nada transpareceu sobre os planos de Gunn e Safran. Já improvável parece ser uma sequela de "Black Adam", apesar das divergências públicas sobre se vai dar um prejuízo de 100 milhões de dólares ou um lucro de pelo menos 52.

Os planos da dupla não incluem interferir no futuro de "The Batman" com Robert Pattinson e outros projetos criados pelo realizador Matt Reeves, ou na sequela de "The Joker".

A notícia também indicada que Gunn e Safran, que estiveram a "partir pedra" sobre o futuro num retiro em Aspen (Colorado), iriam apresentar esta semana as suas ideias para a próxima década a David Zaslav, diretor executivo da Warner Bros. Discovery, e esperavam informar os representantes dos talentos antes do Natal.

Pelos últimos desenvolvimentos, foi isso que aconteceu com Henry Cavill.

Na altura, James Gunn reagiu ao artigo da revista procurando apaziguar os ânimos: "uma parte é verdade, uma parte é meia verdade, uma parte não é verdade e uma parte ainda não decidimos se é verdade ou não".

"Embora este primeiro mês na DC tenha sido frutífero, construir os próximos dez anos de história leva tempo e ainda estamos apenas a começar. O Peter e eu escolhemos dirigir a DC Studios sabendo que estávamos a entrar em um ambiente turbulento, tanto nas histórias contadas quanto no próprio público, e haveria um período de transição inevitável à medida que passávamos a contar uma história coesa em filmes, TV, animação e jogos", acrescentou.

"Mas, no final, as desvantagens desse período de transição foram ofuscadas pelas possibilidades criativas e pela oportunidade de desenvolver o que funcionou na DC até agora e ajudar a corrigir o que não funcionou. Sabemos que não vamos deixar todas as pessoas felizes a cada passo do caminho, mas podemos prometer que tudo o que fazemos é feito ao serviço da HISTÓRIA e ao serviço doa PERSONAGENS da DC que sabemos que vocês apreciam e nós temos valorizado todas as nossas vidas", argumentou, antes de concluir que fãs ainda vão ter de esperar por mais respostas sobre o futuro.

A 10 de dezembro, ao festejar os 44 anos da estreia da estreia nos cinemas do primeiro filme "Super-Homem" com Christopher Reeve, Gunn respondeu a perguntas dos fãs sobre a DC e esclareceu que o Super-Homem era "uma grande prioridade, se não mesmo a maior prioridade".

"Claro: falso" foi a resposta a outra mensagem que perguntava se queria desmentir um fã que alegava que ele não gostava de Henry Cavill.

Quando o fã que fez a alegação inicial respondeu que ainda mais pessoas o tinham contactado depois do desmentido, a reforçar que tinha mesmo uma grande antipatia pelo ator, o diretor executivo respondeu: "Tão estranho. Você parecia tão conectado! De qualquer forma, acabei de ter 40 pessoas a entrar em contacto comigo para dizer que você acabou de ser expulso da cave da sua mãe. Meu, lamento muito".

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