A RTP vai transmitir a 93.ª cerimónia dos Óscares, que decorre na madrugada de 25 para 26 de abril e vai dividir-se em dois locais: a Union Station, a principal estação ferroviária de Los Angeles, e a sua "casa" tradicional, o Dolby Theatre.

A novidade foi revelada este domingo pelo jornalista Mário Augusto na mais recente emissão de "Janela Indiscreta", programa de cinema da RTP3.

Esta será, assim, a primeira vez que o canal público transmite a cerimónia em mais de duas décadas, uma vez que os direitos estiveram com a TVI, desde 1998, a SIC, a partir de 2015, e a FOX, nas edições de 2019 e 2020.

Com dez nomeações, "Mank", de David Fincher, parte na frente para a edição de 2021. A seguir, com seis nomeações, há um empate entre "Judas e o Messias Negro", "Minari", "Nomadland - Sobreviver na América", "Som do Metal", "O Pai" e "Os 7 de Chicago". Com cinco nomeações ficaram "Ma Rainey: A Mãe do Blues" e "Uma Miúda com Potencial". Seguem-se as quatro de "Notícias do Mundo" e as três de "Uma Noite em Miami..." e da animação da Pixar "Soul". Com duas nomeações estão "Borat, O Filme Seguinte", "Mais Uma Rodada", a nova versão de "Mulan", "Emma", "Pinóquio", "Lamento de Uma América em Ruínas" e o documentário romeno "Collective".

Sexta, 4 de dezembro: Mank (estreia)

"Pesadelo logístico": Óscares enfrentam revolta por exigirem presença dos nomeados na cerimónia

A cerimónia dos Óscares marcada para 25 de abril (a data mais tardia desde a primeira vez que foram entregues estatuetas, a 16 de maio de 1929) arrisca ser mais curta e perder impacto se faltarem vários dos nomeados e potenciais vencedores.

Segundo o Deadline Hollywood, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas está a receber queixas diretamente dos estúdios e agentes após os produtores do evento terem informado que não haverá zoom para nomeados que não possam ou não se sintam confortáveis em viajar por causa da pandemia.

Na semana passada, foi indicado por email que apenas os nomeados, os seus convidados e os apresentadores poderão estar presentes no principal local da cerimónia, a Union Station, a grande estação ferroviária de Los Angeles, que permite aplicar os protocolos de segurança da COVID-19.

Em causa está não só as deslocações de nomeados de fora dos EUA, que terão obrigatoriamente de cumprir dez dias de quarentena, como os estúdios e distribuidores que têm de pagar as contas e lidar com o "pesadelo logístico" das deslocações até Los Angeles.

Além disso, muitos nomeados estão na Europa, onde vários países estão em diferentes fases de confinamento e restrições a viagens ao estrangeiro consideradas não essenciais.

Outros também estão a trabalhar: para vir aos Óscares, podem ter de ficar em quarentena não só em Los Angeles como quando regressarem, o que na prática pode parar as produções em que estão envolvidos todo o mês de abril.

Numa vaga alusão a outras cerimónias virtuais e às instáveis ligações pela internet, os produtores dos Óscares explicaram que "estamos a fazer um grande esforço para oferecer uma noite segura e AGRADÁVEL para todos em pessoa, bem como para os milhões de fãs de cinema à volta do mundo, e sentimos que a coisa virtual diminuirá esses esforços."