Realizado por Sergio Leone, "O Bom, O Mau e o Vilão" (1966) é um dos westerns mais conhecidos do cinema e tornou Clint Eastwood uma grande estrela.
Com 300 metros de diâmetro e mais de cinco mil campas, o cenário do cemitério de Sad Hill, construído com a ajuda de centenas de soldados espanhóis, permanece também um dos mais famosos construídos propositadamente para um filme.
É aí que se encontram no epílogo, as três personagens centrais: o "bom" Lourinho (Eastwood), o "mau" Angel Eyes (Lee Van Cleef) e o "vilão" Tuco (Eli Wallach). Que vão disputar em duelo, ao som da banda sonora de Ennio Morricone, a fortuna em ouro confederado enterrada numa das campas.
No entanto, o local da rodagem, situado na província de Burgos, a 225 quilómetros a norte de Madrid, foi abandonado e quase esquecido desde a rodagem há 50 anos. Tempo suficiente para a natureza reconquistar o território, cobrindo-o de ervas daninhas e arbustos, tornando-o anónimo a todos os que passam pela região.
Inconformada com a situação, a Associação Cultural Sad Hill luta pela recuperação dos locais de rodagem e o objetivo principal é ter o cemitério pronto a tempo de celebrar o aniversário dos 50 anos.
Desde outubro, dezenas de voluntários fãs do filme têm dedicado os seus fins de semana ao trabalho com pás e enxadas para que o pedrado central e as campas funerárias do cemitério regressem ao que foram durante a rodagem em 1965.
O projeto avançou graças a doações, incluindo de uma campanha de "crowdfunding", que espera também recuperar o local usado para filmar o campo prisional. na expectativa de ambos se tornem atrações turísticas.
Burgos prepara várias iniciativas para assinalar os 50 anos de "O Bom, O Mau e o Vilão" entre elas competições de curtas-metragens e conferências, e tem uma ambição maior: a presença da única estrela do filme ainda viva. Para a concretizar, já seguiu uma carta para a produtora do ícone de 85 anos.
Veja as imagens do passado e do presente dos locais de rodagem.
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