A Festa do Cinema Italiano terá uma programação alargada a mais cidades, para funcionar como uma distribuidora alternativa da mais recente produção de cinema de Itália, foi anunciado pela organização.
A mostra foi apresentada em conferência de imprensa realizada no UCI – El Corte Inglés, em Lisboa, espaço que também servirá à Festa para além do cinema São Jorge e da Cinemateca Portuguesa.
A 9ª edição decorre, na capital, entre 30 de março e 7 de abril – estendendo-se nos meses seguintes para mais 13 cidades em Portugal, sete no Brasil, Luanda (Angola) e Maputo (Moçambique). Serão 40 obras entre competição, panorama, retrospetivas e sessões especiais.
"É um festival em grande crescimento e que tem já uma amplitude nacional", afirmou o diretor, Stefano Savio, na apresentação do programa em Lisboa.
O diretor da Festa, Stefano Savio, destacou alguns filmes da programação – entre os quais o de abertura, “Conto dos Contos” – o último trabalho de Matteo Garrone (“Gomorra”), estreado no Festival de Cannes. O filme traz Salma Hayek e Vincent Cassel no papel principal.
“Foi um dos grandes filmes italianos do ano”, esclareceu Savio.
Ainda na secção Panorama, destaque para “Mergulho Profundo”, com Tilda Swinton, Ralph Fiennes e Dakota Johnson, “Suburra”, de Stefano Sollima (da série televisiva “Gomorra”) e um fenómeno absoluto de bilheteiras em Itália, “Quo Vado?”, de Gennaro Nunziante, que trará a Portugal sua estrela, Checco Zalone.
Já nas retrospetivas, os destaques são uma versão restaurada de "8 ½" de Fellini, o filme que dá nome à Festa do Cinema Italiano, 11 filmes na Cinemateca em homenagem a Ettore Scola, um dos mestres da cinematografia italiana falecido em 2015, incluindo “Feios, Porcos e Maus”, “Tão Amigos Que Nós Éramos” e “O Terraço”. e a recuperação de “A Vida É Bela”, de Roberto Begnini, um grande sucesso junto do público português em 1999.
Um documentário de especial interesse é “Marcello Mastroianni – Lembro-me, sim, Eu Lembro-me”, rodado em Portugal nos intervalos das filmagens de “Viagem ao Princípio do Mundo”, de Manoel de Oliveira. Foi o último trabalho do ator, que viria a falecer antes do lançamento do filme.
O projeto foi cercado de polémica: realizado por Anna Maria Tatô, que viveu com Mastroianni nos seus últimos 22 anos, foi lançado nos festivais de Cannes e Veneza em 1997 depois de a ex-esposa, Flora Carabella, a ex-companheira Catherine Deneuve e a filha de ambos, Chiara Mastroianni, tentarem bloquear sem sucesso a sua exibição.
A Festa do Cinema Italiano encerrará com a comédia “Quo Vado?” de Gennaro Nunziante.
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