Durante dez dias, entre 04 e 13 de abril, vão ser exibidos mais de 30 filmes em vários locais da cidade de Olhão, dez dos quais inéditos ou sem estreia comercial em Portugal, de países como o Cazaquistão, Sérvia, Espanha, Ucrânia ou República Checa.

"Não estamos à procura de ter um festival de adaptações, procuramos outro tipo de simbioses", disse aos jornalistas Débora Mateus, da direção do festival, acrescentando que da programação não faz parte, praticamente, nenhuma adaptação cinematográfica.

Para Candela Varas, também da direção do festival, a "exploração de outras ligações" entre cinema e literatura é o que distingue estes de outros festivais, uma vez que as "ligações não têm de ser super-diretas", o importante é o que "se sente ao ver um filme".

Além da competição internacional, o programa do festival apresenta ainda vários ciclos, nomeadamente, o do País Convidado, dedicado à Suécia, e o ciclo Realizadoras, com uma retrospetiva da cineasta soviética Kira Muratova.

Também haverá o ciclo Obra Criativa, nesta edição, com um convite aos escritores Alexandra Lucas Coelho, Gonçalo M. Tavares e Nuno Mourão, que vão apresentar criações em diálogo com as imagens de três filmes mudos.

No dia de abertura do festival, a 04 de abril, o Auditório Municipal de Olhão abre as portas às 19:00 com o filme "The Gentle Indifference of the World", de Adilkhan Yerzhanov, que vai estar presente na sessão.

O FICLO inclui também a realização de sessões especiais, ‘masterclasses’ em cinema e literatura, oficinas de escrita, instalações, performances, leituras e concertos.

Para além do Auditório Municipal de Olhão, o festival vai ter lugar na Associação Cultural Re-Criativa República 14, na Sociedade Recreativa Progresso Olhanense e no Mercado da Fruta, que será palco de declamações e local para uma livraria temporária.

Durante o festival, haverá ainda passeios fílmicos em ‘tuk tuk’, em Olhão e entre Tavira e Castro Marim, uma espécie de roteiro cinéfilo que permitirá ao público pode percorrer locais da região que serviram de cenário a filmes de Manoel de Oliveira, João César Monteiro, Teresa Villaverde ou Tony Gatlif.

Os bilhetes custam quatro euros para os filmes exibidos no auditório e três euros para os filmes exibidos noutros locais.

O FICLO é organizado pelo Cineclube de Tavira em coprodução com a Câmara de Olhão, e conta com o apoio do programa cultural 365 Algarve.