Numa edição dedicada “à reflexão sobre as identidades”, o Porto/Post/Doc regressa assim ao Teatro Municipal Rivoli e ao Passos Manuel, na cidade que dá nome ao festival.
“O festival apresentará, assim, uma retrospetiva do realizador lituano, Audrius Stonys, autor premiado de obras documentais de carácter híbrido ou ensaístico, como ‘Earth of the Blind’ (1992) ou ‘Uku Kai’ (2006), dois dos setes filmes que serão exibidos. O realizador marcará presença no festival para apresentar as sessões da retrospetiva, realizada em parceria com o Lithuanian Film Center”, pode ler-se no comunicado da organização.
Adicionalmente, vai ser dada uma “carta branca” a Stonys “a partir da obra do seu compatriota” Jonas Mekas, que morreu este ano.
Nascido em Vilnius, em 1966, Stonys venceu um prémio de Cinema Europeu por “Earth of the Blind” e viu um filme seu, “Ramin”, ser indicado pela Lituânia para os Óscares, não tendo sido nomeado pela Academia norte-americana na categoria de melhor filme estrangeiro. Segundo a Variety, a escolha iria ser controversa pelo facto de o filme ter sido filmado na íntegra na Geórgia.
O mais recente filme de Audrius Stonys é “Bridges of Time” e data de 2018.
“O foco e a carta branca integram o vasto programa do festival, que, este ano, será dedicado a uma reflexão em torno das identidades, da vertente antropológica, que nos permite pensar o eu na sua relação com o outro e a sociedade, até ao questionamento sobre a forma como a lei determina quem tem o poder de constituir uma identidade”, acrescenta o Porto/Post/Doc.
Em particular, o festival quer refletir sobre “o que ‘significa’ ser uma mulher, um negro, um bissexual, ou qual a pertinência de um pensamento identitário”.
No âmbito da iniciativa “Carta Branca aos Realizadores Portugueses”, a propósito dos 20 anos da Agência da Curta Metragem, o Porto/Post/Doc vai contar com as realizadoras Alice Eça Guimarães e Mónica Santos.
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