“O que de verdade importa” é o título de um filme solidário que já apoiou centros de oncologia de vários países e que vai estrear agora em Portugal, revertendo a totalidade das suas receitas para o IPO de Lisboa.
Segundo o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, as receitas vão apoiar as obras já em curso da nova Unidade de Transplante de Medula (UTM), orçadas num milhão de euros, e vão permitir aumentar o número de transplantes realizados, por ano, de 100 para 160.
“O que de verdade importa", que é apresentado esta terça-feira em conferência de imprensa no IPO Lisboa, que conta com a presença do realizador Paco Arango, e estreia nas salas de cinema a 13 de setembro, é um filme "100% positivo e solidário" que já foi exibido na Costa Rica, Brasil, Espanha, México, Colômbia, El Salvador, Panamá, Guatemala, Peru e Chile, onde foi visto por mais de 3,5 milhões de pessoas, tendo angariado no total quatro milhões de euros que foram doados pelo realizador a centros de oncologia.
A Unidade de Transplante de Medula do IPO Lisboa, a primeira a ser criada no país em 1987, é um centro altamente diferenciado e especializado na colheita e transplantação de células da medula, o único procedimento que permite tratar crianças e adultos com determinado tipo de leucemias e outras doenças graves do sangue e do sistema imunitário.
A atual unidade tem “sete quartos individuais, com cerca de sete metros quadrados cada, que proporcionam pouca privacidade a doentes e familiares”, refere o IPO, adiantando que, com esta estrutura, “o serviço não consegue realizar mais de 100 transplantes por ano, o que é manifestamente insuficiente atendendo ao aumento do número de novos doentes com indicação clínica para transplante de medula”.
Consequentemente, tem aumentado o tempo de espera para transplante e do número de doentes em lista de espera.
“A resolução destes problemas passa pelo aumento da capacidade de resposta da UTM, com a construção da nova unidade de internamento, que será aumentada para 12 quartos de isolamento, com “mais segurança e conforto para os doentes e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde”.
Também o hospital de dia e a consulta do serviço terão o seu espaço aumentado e será reforçada também a equipa de transplantação com profissionais das diversas áreas.
“Com este investimento, conseguiremos melhorar a qualidade dos serviços prestados aos doentes, que passarão a ser transplantados e internados em instalações adequadas, com conforto e em segurança. Os ganhos de produção também serão significativos: a abertura de mais cinco camas permitirá a realização de mais cinco transplantes por mês, 60 por ano, o que aumenta imenso a capacidade de resposta do IPO Lisboa, sublinha a entidade.
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