O festival Caminhos do Cinema, que decorre de 23 de novembro a 01 de dezembro, conta este ano com uma programação de 74 horas de filmes, entre os quais obras dos realizadores Jorge Pelicano, Edgar Pêra e Leonor Teles.
O festival arranca a 23 de novembro, com o simpósio "Fusões no Cinema", em São João da Madeira, sendo que no dia seguinte começa a competição cinematográfica da seleção principal, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, anunciou hoje a organização, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Na sua 24.ª edição, o festival dedicado ao cinema português vai contar com 26 longas-metragens, 110 curtas, 17 documentários e 21 animações, num total de 74 horas, cinco minutos e 55 segundos de "novos caminhos", revelou o festival.
A relação difícil entre uma mãe e o filho ator pornográfico, em "Até que o porno nos separe", de Jorge Pelicano, as contingências da vida de um pescador à beira do Tejo, em "Terra Franca" (foto), primeira longa-metragem de Leonor Teles, ou uma reflexão sobre a presença colonial em São Tomé a partir das roças de cacau, em "O Canto do Ossobó", de Silas Tiny, são algumas das propostas do Caminhos no cinema documental.
Na ficção, vão ser apresentados o policial "Cabaret Maxime", de Bruno de Almeida, a adaptação de João Botelho do livro "Peregrinação", de Fernão Mendes Pinto, "Caminhos Magnéticos" e "O Homem-Pykante", de Edgar Pêra, e "A Portuguesa", uma adaptação de Rita Azevedo Gomes da obra homónima de Robert Musil, entre outros.
Segundo a organização, estarão em antestreia comercial "Até que o Porno nos Separe", de Jorge Pelicano, e "Amantes na Fronteira", de Atsushi Funahashi (com produção da portuguesa Bando à Parte), para além de ser dado espaço a cinematografia nacional mais recente, como "Pedro e Inês", de António Ferreira, "A Árvore", de André Gil Mata, ou a animação "O Agouro", de David Doutel e Vasco Sá.
Este ano, o festival recebeu um total de 762 candidaturas - 439 de 65 países para a seleção "Ensaios - Caminhos Mundiais", única secção dedicada a filmes internacionais que procura distinguir obras produzidas em contexto académico.
A organização sublinha ainda que a programação pretende ser um reflexo plural da produção anual do cinema português, promovendo também obras produzidas fora das duas grandes cidades - Lisboa e Porto -, considerando as produções da Persona Non Grata, Filmógrafo, Zêzere ou Bando à Parte "essenciais para esta diversidade".
Como novidade para a programação do festival deste ano surge uma nova secção paralela, intitulada "Outros Olhares", que abrange filmes "de carácter ensaístico e experimental", onde será possível encontrar as obras "O Espectador Espantado", de Edgar Pêra, "Cimbalino", de Jerónimo Rocha, ou "Lupo", de Pedro Lino.
Esta secção vai ser exibida no miniauditório Salgado Zenha, no edifício da Associação Académica de Coimbra.
O festival termina a 01 de dezembro, com a cerimónia de entrega dos prémios nas diferentes categorias e secções competitivas.
O bilhete simples custa entre três e quatro euros, o bilhete para dez sessões entre 15 e 20 euros e o passe de livre-trânsito entre 25 a 30 euros.
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