Depois de ganhar os Óscares com "A Forma da Água", que realizou com grandes restrições financeiras, Guillermo del Toro escolheu a Netflix e os seus consideráveis recursos para o seu próximo filme.
A plataforma de streaming vai ajudar o realizador a fazer a estreia na animação e concretizar uma paixão antiga: "Pinóquio".
O projeto vem consolidar uma relação forte de del Toro com a Netflix, que já passa pela série "Caçadores de Trolls" e outra ainda em frase preparatória que se vai chamar "10 After Midnight".
“Não houve nenhum tipo de arte na minha vida e na minha carreira que me tivesse influenciado tanto como a animação, e nunca tive uma ligação pessoal com nenhuma personagem na história tal como tenho com Pinóquio. Na nossa história, Pinóquio é uma alma inocente com um pai desinteressado, que se perde num mundo que não consegue compreender. Embarca numa aventura extraordinária que o faz perceber o pai e o mundo. Desde que me lembro que sempre quis fazer este filme. Depois da experiência incrível que tivemos com 'Os Caçadores de Trolls', estou muito grato que a talentosa equipa da Netflix me esteja a dar a oportunidade de uma vida para apresentar a minha versão desta marioneta que se torna num rapaz ao mundo inteiro.”, referiu del Toro em comunicado.
A nova versão terá como pano de fundo a Itália dos anos 30 e será uma animação em "stop motion" (técnica que recorre a volumes) e um musical.
Como é habitual nos seus projetos, del Toro irá também ser um dos produtores e assinar o argumento, função que partilha com Patrick McHale (da série "Hora de Aventuras").
A novidade é que Mark Gustafson vai co-realizar, colocando à disposição do mexicano a experiência em "stop motion", nomeadamente a do grande marco do género que é "O Fantástico Senhor Raposo" (2009).
À Netflix só falta conquistar Alejandro González Iñárritu no grupo "Los tres amigos", como são conhecidos os três mais famosos realizadores mexicanos da atualidade que também têm uma relação de grande cumplicidade: foi também a plataforma de streaming que ajudaram Alfonso Cuarón a concretizar o projeto pessoal chamado "Roma", que venceu o Festival de Veneza.
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