Não é segredo que, para além de serem uma das maiores sagas da história do cinema, os filmes de James Bond são uma oportunidade gigantesca para "product placement", isto é, de publicidade indireta a produtos.

De tal forma que se comentou que o caríssimo "007 - Skyfall", com um orçamento superior a 200 milhões de dólares, já estava a dar lucro ainda antes de chegar às salas de cinema: só a Heineken terá pago 45 para o 007 beber a sua cerveja.

Mas Daniel Craig e o realizador Sam Mendes terão estabelecido um limite: o uso de smartphones com o sistema operativo Android em "007 - Spectre.

De acordo com mails que chegaram ao conhecimento público citados pela Apple Insider, a Samsung viu rejeitados cinco milhões de dólares para que James Bond fosse visto a usar um dos seus aparelhos, bem como um pacote de marketing em redor do filme mesmo valorizado noutros 50 milhões.

Uma oferta posterior da Sony, cinco milhões para que o 007 usasse o seu Xperia Z4 e mais 18 para a campanha publicitária de "007 - Spectre", também terá sido recusada.

"PARA ALÉM do fator financeiro, existe, como deve saber, um factor CRIATIVO, pelo que o Sam [Mendes] e o Daniel [Craig] não gostam do smartphone Sony para o filme. A ideia, subjetivamente/objetivamente, é que James Bond apenas usa o "melhor" e pela sua ordem de ideias, o telefone Sony não é o "melhor"", escreveu um importante responsável do estúdio.

A produtora Barbara Broccoli partilhou um ponto de vista semelhante, escrevendo que o dinheiro era um pormenor secundário no acordo.

James Bond, recorde-se, veste fatos Tom Ford, usa relógios Rolex e conduz carros Aston Martin.

No fim, a Sony acabou por criar um anúncio para o Xperia Z4 fortemente inspirado pelo imaginário Bond, mas com Naomie Harris, a Mrs. Moneypenny.