Leonardo DiCaprio não esquece a generosidade de Sharon Stone no início da sua carreira.
Apesar de fazer parte da elite mais rara de Hollywood que acumula grande sucessos de bilheteira e prémios desde os tempos de "Titanic" (1997), os primeiros anos não foram fáceis e chegou a ser rejeitado para o filme "Rápida e Mortal", de 1995, apesar de, aos 20 anos, já ter sido nomeado para os Óscares por "Gilbert Grape" (1993).
Sharon Stone estava no auge da sua carreira após o sucesso de "Instinto Fatal" (1992) e desejosa de trabalhar com a jovem estrela em clara ascensão e ainda com outro grande talento que vinha da Austrália, Russel Crowe.
A tal ponto que, perante a resistência dos produtores, pagou do seu bolso o salário de DiCaprio.
"Ela disse 'Estes são os dois atores com quem quero trabalhar'. É incrível. Ela tem sido uma grande defensora do cinema e de dar oportunidades a outros atores, portanto estou muito grato", recordou o ator recentemente ao E! News.
"Agradeci-lhe muitas vezes. Não sei se lhe mandei mesmo um presente de agradecimento físico, mas não posso agradecer-lhe o suficiente", reforçou.
No seu livro de memórias "The Beauty of Living Twice", publicado em 2021, Sharon Stone recordou como usou o seu poder para bater o pé ao estúdio e impor os talentos que queria, recebendo um crédito como co-produtora no western revisionista: alem dos dois atores, tamém escolheu o próprio realizador Sam Raimi.
"Este miúdo chamado Leonardo DiCaprio foi o único que acertou em cheio na audição. Na minha opinião, foi o único que apareceu e chorou, suplicando ao seu pai que o amasse enquanto morria na cena", escreveu.
Mas o estúdio recusou e a atriz recorda: "Porquê um desconhecido, Sharon, porque é que estás sempre a dar tiros no pé?"
"O estúdio disse que, se o queria assim tanto, podia ser eu a pagar-lhe do meu próprio salário. Portanto, foi o que fiz", acrescenta.
Também Sam Raimi não agradava pois tinha uma reputação de realizar filmes de baixa categoria por causa de "A Noite dos Mortos-Vivos" (1981) e "O Exército das Trevas" (1992), mas o estúdio concordou com a contratação após Stone informar que "trabalharia quase de graça".
"No meu mundo, receber um crédito como produtora é visto muitas vezes como um 'acordo de vaidade', significando que te pagam pelo emprego, mas fechas a boca e desimpedes o caminho. Disse-lhes logo de início que não aceitaria um acordo de vaidade. Isto é ilegal, disse, e gosto de trabalhar dentro da lei. Isso gera muito silêncio e não muita alegria do outro lado da linha", escreveu.
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