Com humor e carisma, cães e gatos unem as suas patas na animação "Paws of Fury: The Legend of Hank" (sem estreia anunciada em Portugal) para salvar uma aldeia em perigo, enquanto dão uma lição sobre diversidade.

O filme chega aos cinemas dos EUA esta semana e conta com vozes de Michael Cera, Ricky Gervais, George Takei, Mel Brooks, Michelle Yeoh e Samuel L. Jackson.

Dirigida por Rob Minkoff ("O Rei Leão", "O Pequeno Stuart Little"), a animação conta as aventuras de Hank, um subestimado cão da raça beagle que sonha em tornar-se um samurai. Por isso, ele acaba numa pequena aldeia de gatos, em Kakamucho.

Antes de empunhar um sabre, o solitário Hank compensa a falta de treino físico com persistência. O cão terá, no entanto, de enfrentar outro desafio: ganhar o coração da maioria dos gatos de Kakamucho, que desconfiam dele por ser diferente.

"Acredito que seja uma mensagem sempre relevante e necessária", diz Michael Cera, que dá voz ao otimista Hank no seu quimono amarelo.

"Acho bem trazer estas mensagens pela arte, não é apenas dizer aos outros o que se pensa, ou acompanhar esta personagem e ver o que enfrenta e as emoções que vive", acrescentou o ator.

"É uma boa maneira [de fazer isso], especialmente para que as crianças possam digerir isso e ter empatia", completou.

"Paws of Fury: The Legend of Hank" inspira-se na sátira racial "Balbúrdia no Oeste" (1974), do lendário Mel Brooks, e utiliza humor para abordar os preconceitos sociais.

Interpretado por Ricky Gervais, Ika Chu é o vilão do dia: o ambicioso gato somali procura conquistar o tradicional povoado de Kakamucho para seu próprio benefício e conta com o preconceito como elemento-chave do seu plano maligno.

O vilão envia um cachorro para lidar com os gatos, para acabar por descobrir depois que os dois animais, às vezes amigos e outras inimigos, podem unir as patas.

"Que mundo é este onde não se pode contar com cidadãos de bem para matar alguém apenas por parecer diferente?", lamenta Ika Chu.

"É um conflito", pondera George Takei, que é a voz do gato manx Ohga, braço direito do vilão.

"Mas somos capazes de reconhecer os pontos fortes, assim como as diferenças de cada um. E as diferenças podem ser uma vantagem", acrescenta Takei.

Conhecido pelo seu ativismo político e social, o ator de 85 anos considera que o filme chega com "uma boa mensagem" nos tempos atuais.

"Vivemos numa sociedade quebrada. Cada manchete dos jornais, ou da televisão, fala sobre a sociedade dividida em que vivemos", observa o veterano, sempre recordado como Hikaru Sulu em "Star Trek".

Para Takei, o projeto foi uma oportunidade de fazer a audiência rir e de levar as famílias de volta aos cinemas, após o afastamento por conta da pandemia da COVID-19.

Algo que Michael Cera espera fazer em breve.

"Ml posso esperar pela altura de ver novamente um filme no cinema", disse o ator, de 34 anos, que comentou ter contraído o vírus há algumas semanas.

"Acredito que todos sentiam muita falta dessa experiência e estou feliz por estarmos de volta", concluiu.

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