A Amazon estará a negociar a aquisição dos lendários estúdios MGM e do seu impressionante catálogo de filmes, o que pode impulsionar as suas ambições de se fortalecer no mercado de streaming, avançou a imprensa americana esta terça-feira.
Segundo o jornal The New York Times e outros meios, o acordo com o histórico Metro Goldwyn Mayer (MGM) pode ser avaliado entre 5 e 10 mil milhões de dólares.
Nesta transação, a Amazon, cuja plataforma Prime Video tem 175 milhões de assinantes em todo mundo, adquiriria o catálogo de 4 mil títulos da MGM, que inclui filmes vencedores de Óscares como "Rocky" e "O Silêncio dos Inocentes", fenómenos de bilheteira como "James Bond" (mas não da saga propriamente dita, que pertence à EON Prods), "A Pantera Cor-de-Rosa", "Legalmente Loira, "RoboCop" e "Creed", além de uma variada gama de programas de televisão, como "A História de Uma Serva", "Fargo" e "Vikings".
De fora ficam filmes da MGM anteriores a 1986, que pertencem à WarnerMedia e alguns dos quais estão disponíveis na HBO Max (como os emblemáticos "E Tudo o Vento Levou", "O Feiticeiro de Oz" ou "Serenata à Chuva"), depois de terem sido inicialmente comprados por Ted Turner (o fundador da CNN) e se tornarem o pilar da programação do canal Turner Classic Movies.
O acordo também significaria outra mudança na propriedade da MGM, fundada em 1924 e um ícone da chamada Era de Ouro de Hollywood.
As negociações acontecem durante uma pandemia que aumentou o apetite global pelo streaming, dominado por gigantes como a Netflix.
Qualquer que seja o acordo, poderá aumentar o escrutínio sobre a Amazon por parte de autoridades reguladoras, como aconteceu nos últimos anos com as grandes empresas do setor de tecnologia.
No início desta semana, a gigante americana das telecomunicações AT&T anunciou a fusão da sua filial WarnerMedia com o grupo Discovery para criar uma empresa que competirá com plataformas de streaming como Netflix, Apple TV+ e Disney+.
Nem a Amazon nem a MGM fizeram comentários sobre as reportagens da imprensa.
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