Com mais de uma centena de filmes no currículo, Michael Caine, nascido em Londres a 14 de março de 1933, tem participado em filmes de qualidade muito variável, com muitos clássicos da Sétima Arte mas também muitos dos piores filmes da história.

A quantidade de películas em que participou tem sido alvo de alguma paródia, tendo em conta nem sempre terá tido a atenção devido à qualidade dos mesmas, principalmente entre finais dos anos 1970 e princípios da década de 1990.

Com o seu característico sotaque 'cockney', Michael Caine tornou-se um dos rostos mais emblemáticos do cinema britânico dos anos 1960, década em que participou em clássicos como "Zulu" (o filme que o lançou), "O Caso Ipcress", "Alfie" ou "Um Golpe em Itália", além de "Autópsia de um Crime", "O Homem Que Queria Ser Rei", "Vestida Para Matar" ou "A Educação de Rita".

Ao longo da carreira, foi tendo sempre uma grande variedade de papéis em filmes da mais diversa ordem, desde os que se tornaram clássicos populares como "Fuga para a Vitória" até aos que lhe valeram os seus dois Óscares de Melhor Ator Secundário, "Ana e as suas Irmãs" e "Regras da Casa", passando pelas suas pequenas prestações em todos os últimos filmes de Christopher Nolan.

OS MELHORES FILMES

A partir da década de 1970, Caine experimentou também o outro reverso da medalha, em filmes de pouco mérito, que se revelaram imensos
'flops' comerciais.

Claramente pensadas para fazer dinheiro rápido, fitas como "O Enxame" (que o próprio acha o pior de todos), "Tubarão IV - A Vingança" ou "Em Terra Selvagem" (protagonizada e ainda por cima realizada por Steven Seagal) não têm justificação na carreira de um ator com o talentos de Michael Caine, que sempre falou deles com o bom humor que lhe é característico.

OS PIORES FILMES

Sobre o futuro, Michael Caine revelou numa célebre entrevista em 2017, aos 84 anos, que sabia que os seus dias estavam "contados e essa é a preocupação principal".

Apesar disso, não tencionava retirar-se: "Quando as propostas pararem de chegar, direi que me reformei. A indústria do cinema terá de desistir de mim, não o contrário".

"Sempre disse que não nos reformamos dos filmes, os filmes é que nos reformam", recordou em 2018

Ainda no passado passado, voltou a desmentir a intenção de se retirar após um mal entendido de outra entrevista: "Em relação à reforma, passei mais de 50 anos a acordar às seis da manhã para fazer filmes e não me vou livrar do meu despertador!".

Nas redes sociais, o desmentido seria acompanhado de uma ironia a sinalizar que quer propostas para voltar a trabalhar: "Não me reformei e muitas pessoas não sabem disso".