Cliff Robertson faleceu a 10 de setembro de 2011, um dia depois de completar 88 anos.
Apesar de ter participado em mais de 60 filmes, Robertson nunca chegou a ser uma estrela de primeira grandeza embora fosse uma figura bastante conhecida e popular durante as décadas de 1950 e 60. Nos últimos anos, teve um ressurgir de popularidade e reconhecimento devido à sua personagem de tio Ben nos filmes do
Homem-Aranha.
Um dos pontos altos da sua carreira foi o de ter sido pessoalmente escolhido pelo presidente
John Kennedy para interpretar a sua figura enquanto tenente da Marinha dos Estados Unidos da América durante a Segunda Guerra Mundial, no filme
PT 109, de 1963.
Outro momento de glória chegou ao ganhar o Óscar para Melhor Ator de 1969, pela sua atuação no filme
Charly onde fez o papel de um homem mentalmente retardado, de 30 anos, que após uma operação ao cérebro se transforma num génio.
Em 1977,
Cliff Robertson voltou a chamar as atenções ao denunciar um escândalo financeiro em Hollywood.
Robertson descobriu que o presidente da
Columbia Pictures,
David Begelman, tinha falsificado um cheque em seu nome no valor de 10 mil dólares e chamou o FBI e polícia para a investigação. O caso acabou por levar David Begelman à cadeia por se aproveitar de mais de 60 mil dólares de forma ilegal.
Na altura,
Cliff Robertson foi considerado um herói por muitos por não ter receio de enfrentar um poderoso homem de Hollywood mas, simultaneamente, arranjou muitos inimigos no meio.
«Recebi chamadas de pessoas poderosas que me diziam 'Tem tido muita sorte neste ramo de negócio, certamente não está interessado em que isso chegue ao fim...'», recordou Robertson numa entrevista em 1984.
David Begelman cumpriu uma pena de prisão mas acabou por regressar à indústria do cinema e suicidou-se em 1995.
Robertson confirmou que nenhum estúdio nem estação de televisão o contratou durante quatro anos.
O ator foi casado duas vezes e divorciou-se também duas vezes. Tinha duas filhas dos dois casamentos.
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