A atriz francesa Mylène Demongeot, que fez par romântico com estrelas como Alain Delon e David Niven nos anos 1960, morreu aos 87 anos, após uma carreira de sete décadas.
Demongeot faleceu na quinta-feira num hospital de Paris, segundo anunciou a sua porta-voz de imprensa à France-Presse.
Muitas vezes comparada a Brigitte Bardot, Demongeot encontrou o seu lugar na era de ouro do cinema francês em filmes como " As Feiticeiras de Salem" (1957), dirigido por Raymond Rouleau, e "A Bela e os Gangsters" (1958), de Marc Allégret.
Sob a direção de Otto Preminger, protagonizou a adaptação para o grande ecrã do romance "Bom Dia, Tristeza" (1958), ao lado de Jean Seberg, David Niven e Deborah Kerr.
Com Alain Delon protagonizou "3 Raparigas Endiabradas", de Michel Boisrond (1959).
Filha de pai italiano e mãe ucraniana, Demongeot teve sucesso ao cruzar a fronteira e filmar na Itália, onde foi destaque no épico "O Gigante da Maratona" (1959) e "Un amore a Roma" (1960), este para Dino Risi.
Mas depressa voltou à França para outro sucesso de bilheteira: "Os Três Mosqueteiros" (1961), de Bernard Borderie.
Mais tarde, ao lado de Louis de Funès, foi Hélène numa trilogia "Fantomas" (1964), "Fantomas Passa ao Ataque" (1965) e "Fantomas Contra a Scotland Yard" (1967), todos de André Hunebelle.
Em 1968, casou-se com o realizador Marc Simenon, filho do escritor Georges Simenon, com quem passou a produzir filmes.
Mais recentemente, entrou em "Traje de Noite", de Bertrand Blier (1986), e nas populares comédias "Campistas", três filmes de 2006, 2010 e 2016.
Foi nomeada como atriz secundária para os prémios César (os "Óscares" franceses) pelos filmes "36 Anti-Corrupção", de Olivier Marchal (2004) e "O Jogo do Desejo", de Jacques Fieschi (2006).
Como Bardot, abraçou a causa animal no final da sua vida.
"Myléne Demongeot foi uma atriz comprometida, sensível, em especial com a defesa da causa animal e ecológica e o direito a morrer com dignidade", afirmou um comunicado da sua família.
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