Morreu Patricia Hitchcock, a única filha de Alfred Hitchcock e que entrou em vários dos seus filmes. Tinha 93 anos.

A informação do falecimento na segunda-feira na sua casa foi confirmada pela sua filha mais nova ao The Hollywood Reporter.

Acérrima defensora do pai, era um rosto familiar para os seus fãs pois entrou em documentários, muitos disponíveis nas edições em DVD e Blu-ray dos filmes.

Também era a filha da editora e argumentista Alma Reville, cujo casamento com Alfred Hitchcock durou 54 anos e teve um importante papel na sua carreira (a relação entre o casal foi o tema de "Hitchcock", um filme de 2012 com Anthony Hopkins e Helen Mirren).

Patricia Hitchcock nasceu em Londres em 1928 e viajou com os seus pais para os EUA e Los Angeles em 1939, fazendo a estreia como atriz na Broadway em 1943 com a ajuda do pai, de quem era inseparável.

Posteriormente, entrou em vários filmes do progenitor, com destaque para "O Desconhecido do Norte-Expresso" (1951), onde via o assassino Bruno (Robert Walker) quase estrangular uma mulher numa festa, e "Psico" (1960), como colega no emprego de Marion Crane (Janet Leigh), além de 10 episódios da série "Alfred Hitchcock Presents" (1955-1960).

O Desconhecido do Norte-Expresso

Teve também papéis secundários em "A Rainha e o Vagabundo", de Jean Negulesco (1950) e "Os Dez Mandamentos", de Cecil B. DeMille (1956).

Numa entrevista ao jornal Washington Post de 1984, diria que gostava que o seu pai "tivesse acreditado no nepotismo. Teria trabalhado muito mais".

"Mas ele nunca teve ninguém nos seus filmes a não ser que acreditasse que eram certos para o papel. Ele nunca ajustou uma história a uma estrela ou a um ator. Muitas vezes tentei dar uma dica à seu assistente, mas nunca fui muito longe. Ela mencionava o meu nome, ele dizia: ‘Ela não é adequada para isso’, e acabava aí", recordava.