A 12 de junho, quando o estúdio Warner Bros. anunciou oficialmente o adiamento da estreia de "Tenet" de 17 para 31 de julho nos EUA, as atenções viraram-se para "Mulan", da Disney.
Com estreia prevista para 24 de julho (um dia antes em Portugal), passou a ser o primeiro "blockbuster" da dizimada temporada de verão e os cinemas, praticamente todos fechados desde meio de março por causa da COVID-19, apostam nos dois filmes para reabrir o negócio.
Vale a pena recordar que a estreia original da versão em imagem real do clássico da animação estava originalmente anunciada para 27 de março e foi cancelada apenas duas semanas antes, já após as antestreias mundial e europeias.
Agora, pode vir a acontecer uma situação parecida em cima da hora.
Aquilo que se percebia nas "entrelinhas" dos artigos da imprensa especializada sobre "Mulan" foi finalmente colocado às claras: a Disney mantêm-se otimista, mas não será um "choque" se optar outra vez pelo adiamento.
De acordo com o muito bem informado e respeitado Deadline, existem demasiados "sinais" a apontar nessa direção, a começar pela ausência do relançamento de uma campanha de promoção quando falta apenas um mês: em vez disso, a Disney divulgou o trailer de "The King's Man: O Início", que chega aos cinemas só a 18 de setembro.
O pessimismo é reforçado por uma "onda" de más notícias: a reabertura dos cinemas em Nova Iorque não está para breve apesar de registar o menor número de novos casos de infeções desde o início da pandemia, enquanto se estão recordes noutros mercados importantes para as bilheteiras como são os dos estados da Califórnia, Texas e Flórida.
Outro fator nesta equação é a China, um mercado essencial para o filme, continuar com os cinemas fechados e sem previsão para a reabertura.
Fontes do Deadline junto dos cinemas disseram que a Disney também "não gosta" de "Mulan" ter passado a ser "automaticamente" o filme com que vai arrancar o verão, algo que estava longe de imaginar que fosse o caso quando anunciou a nova data no início de abril.
Por causa do regresso às aulas no início de setembro, o Deadline calcula que o Natal pode ser a altura potencialmente mais forte para a estreia após novo adiamento.
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